Papa Leão XIV Diz Não Concordar Com Casamento Entre Dois Hom…Ver mais
A eleição de Papa Leão XIV, anteriormente conhecido como cardeal Robert Prevost, trouxe à tona antigos posicionamentos que geraram preocupação entre católicos LGBTQ+.
Em 2012, ele declarou que se opunha ao que chamou de “estilo de vida homossexual” e criticou a formação de famílias por casais do mesmo sexo, responsabilizando a mídia por promover valores considerados contrários ao Evangelho.
Essas declarações contrastam com a postura adotada por Papa Francisco, que nos últimos anos abriu espaço para um discurso mais acolhedor, permitindo bênçãos a casais homoafetivos e reforçando a ideia de que todos são filhos de Deus, independentemente de sua orientação sexual.
Organizações ligadas à defesa dos direitos LGBTQ+ dentro da Igreja, como o New Ways Ministry e o DignityUSA, manifestaram receio quanto a uma possível regressão no tratamento pastoral.
No entanto, também demonstraram esperança de que o novo pontífice possa ter amadurecido sua visão com o tempo, seguindo o caminho de escuta e empatia iniciado por seu antecessor.
Pontífice sinaliza abertura ao diálogo, mas mantém doutrina
Em falas mais recentes, Leão XIV demonstrou uma leve mudança de tom. Em 2023, afirmou que “muitas coisas mudaram” desde suas declarações anteriores e defendeu uma Igreja mais acolhedora e disposta ao diálogo, sem, no entanto, modificar os pilares doutrinários tradicionais.
Ele ressaltou a importância de não excluir ninguém da vida eclesial, embora também tenha destacado que os ensinamentos da Igreja sobre moralidade sexual permanecem os mesmos.
Um dos temas que mais tem gerado expectativa é a posição de Leão XIV quanto ao documento “Fiducia Supplicans”, que autoriza a bênção a casais em situações irregulares, incluindo uniões homoafetivas.
O atual pontífice declarou que cabe às conferências episcopais nacionais avaliarem como aplicar essas diretrizes conforme o contexto cultural e pastoral de cada país.
Com isso, permanece a dúvida sobre até que ponto o novo papa caminhará em direção a uma Igreja mais inclusiva. Para muitos católicos LGBTQ+, a esperança é que Leão XIV siga cultivando uma postura de acolhimento, mesmo diante das complexidades e tensões doutrinárias que ainda cercam o tema.
