Após Separação, Casal Disputa Guarda de Bebê Reborn e Caus…Ver mais

Um caso curioso e incomum ganhou destaque recentemente: um casal entrou em disputa judicial pela guarda de um bebê reborn, boneca hiper-realista confeccionada para se assemelhar a um recém-nascido. Segundo a advogada responsável pela ação, ambos os envolvidos desenvolveram um forte apego emocional ao objeto, tratando-o como se fosse um filho de verdade.
A situação, além de inusitada, levanta debates sobre os limites do afeto simbólico e suas implicações legais. Especialistas afirmam que casos como esse são raros, mas não inéditos, e exigem atenção tanto do Judiciário quanto de profissionais da saúde mental.
Entenda o Que São os Bebês Reborn
Os bebês reborn são bonecas produzidas artesanalmente com materiais como vinil e silicone, pintadas à mão e detalhadas para reproduzir com impressionante realismo as características de um bebê verdadeiro. Muitas delas têm veias aparentes, marcas de nascença e até mecanismos que simulam batimentos cardíacos e respiração.
Embora sejam vendidos inicialmente como itens de colecionador ou brinquedos sofisticados, essas bonecas costumam ocupar, na vida de algumas pessoas, um espaço afetivo importante. Para determinados indivíduos, o reborn se torna um objeto de apego e companhia emocional.
Apego Emocional e Conflito Jurídico
De acordo com a advogada que acompanha o caso, o casal compartilhou por anos o cuidado com a boneca, incluindo roupas, acessórios e até registros fotográficos. Com o fim do relacionamento, ambos desejaram manter a posse exclusiva do bebê reborn, o que levou a disputa aos tribunais.
A profissional relatou que o nível de envolvimento afetivo de ambos com a boneca surpreendeu até mesmo as autoridades. “Para eles, não se trata apenas de um objeto, mas de alguém que faz parte da vida familiar. Existe um vínculo emocional legítimo, que precisa ser respeitado”, afirmou.
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Opinião de Especialistas em Psicologia
Psicólogos explicam que o apego a objetos como os bebês reborn pode representar uma forma de compensação emocional. Em muitos casos, serve para amenizar sentimentos de solidão, luto, perdas gestacionais ou frustrações relacionadas à maternidade e paternidade.
No entanto, quando esse vínculo afeta relações interpessoais ou envolve questões jurídicas, é fundamental uma avaliação criteriosa. Profissionais indicam a importância de compreender o contexto emocional e, se necessário, oferecer acompanhamento psicológico aos envolvidos.
O processo segue em andamento e poderá criar um precedente sobre como o sistema judiciário brasileiro lida com vínculos afetivos não convencionais. Enquanto isso, o debate sobre os bebês reborn e seu papel na vida emocional das pessoas continua a crescer, refletindo a complexidade das relações humanas e as múltiplas formas de afeto.
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