Muitas mulheres nem imaginam que alguns hábitos do dia a dia, aparentemente inofensivos, podem aumentar o risco de desenvolver câncer de ânus. Em recente entrevista, um médico especialista em oncologia revelou práticas comuns que acabam favorecendo alterações na região anal ao longo dos anos.
O mais preocupante é que esses comportamentos fazem parte da rotina de milhares de mulheres, que sequer desconfiam que estão, pouco a pouco, se expondo a um risco real e silencioso.
“Sem saber, muitas colocam sua saúde em risco durante anos, achando que estão apenas seguindo sua rotina normal“, alertou o médico.
Hábitos Comuns Que Abrem Caminho Para o Câncer Anal
Entre os fatores apontados, o primeiro e mais grave é a falta de proteção nas relações íntimas, especialmente o sexo anal desprotegido. Esse comportamento favorece a transmissão do HPV (Papilomavírus Humano), um dos principais causadores do câncer de ânus.
Além disso, o médico destacou outros hábitos perigosos:
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Negligenciar sinais de sangramento anal após evacuação e não procurar um especialista;
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Higiene excessiva e uso de produtos agressivos na região, que causam microlesões constantes;
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Tabagismo, que enfraquece o sistema imunológico e favorece alterações celulares;
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Descuido com a vacinação contra o HPV, que poderia prevenir boa parte dos casos.
Segundo o especialista, quando essas práticas se somam ao longo dos anos, criam o ambiente perfeito para o surgimento de lesões pré-cancerígenas, que, se não tratadas, podem evoluir para tumores.
Como Identificar Os Sinais E Prevenir O Problema
O câncer de ânus costuma ser traiçoeiro no início. Os primeiros sintomas podem incluir dor discreta, coceira, sangramento ao evacuar, sensação de massa na região e alterações nas fezes. Justamente por serem sinais discretos, muitas mulheres demoram a procurar ajuda.
O diagnóstico precoce é a chave para o sucesso do tratamento. Por isso, o médico reforça: consultas regulares com o ginecologista e o proctologista são fundamentais, mesmo na ausência de sintomas evidentes.
Além disso, a vacinação contra o HPV, o uso de preservativos em todas as práticas sexuais e o cuidado adequado com a higiene íntima são as formas mais eficazes de proteção.
O conhecimento salva vidas. Pequenas mudanças na rotina podem ser o divisor de águas entre o risco e a prevenção.