O ator Francisco Cuoco, um dos grandes nomes da teledramaturgia brasileira, faleceu nesta quinta-feira, aos 91 anos. Ele estava internado havia vinte dias no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Embora a causa exata da morte não tenha sido divulgada, o artista enfrentava problemas de saúde relacionados à idade avançada.
Cuoco deixa um legado marcante nas novelas brasileiras, sendo lembrado pelo carisma, voz grave e talento que marcaram gerações. Ao longo da carreira, o ator consolidou-se como um dos maiores galãs da televisão, estrelando novelas que até hoje são consideradas clássicos da teledramaturgia nacional.
Da feira para os palcos e a televisão
Francisco Cuoco nasceu em 1933, no bairro do Brás, em São Paulo. Na juventude, ajudava o pai como feirante, até que, nos anos 1950, decidiu investir na carreira artística e ingressou na Escola de Arte Dramática (EAD), ligada à Universidade de São Paulo (USP).
Sua estreia nos palcos aconteceu em 1958, em uma peça ao lado de Fernanda Montenegro e Sérgio Britto, onde participou em um papel sem falas. Pouco tempo depois, Cuoco passou a atuar em teleteatros na TV Tupi e, posteriormente, fez sua primeira novela, Marcados Pelo Amor, na TV Record.
O reconhecimento como galã veio com Legião dos Esquecidos, na TV Excelsior, contracenando com Regina Duarte. A parceria entre os dois seria repetida anos depois em Selva de Pedra (1972), uma das novelas de maior audiência da época.
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Um ícone das novelas brasileiras
Ao longo de sua trajetória, Francisco Cuoco brilhou em novelas que se tornaram referências da televisão brasileira. Em Pecado Capital (1975), deu vida ao inesquecível Carlão, um taxista honesto e apaixonado. O ator também participou de diversas produções de sucesso ao longo das décadas, conquistando o público com sua presença marcante.
Apesar do reconhecimento na televisão, Cuoco ficou afastado dos palcos por anos, retornando ao teatro apenas em 2004, com a peça Três Homens Baixos. Nos últimos anos de vida, o ator enfrentou problemas de saúde e dificuldades de locomoção. Sua última participação na televisão foi na novela Salve-se Quem Puder (2020).
O Brasil se despede de um artista que ajudou a construir a história das novelas no país e que permanecerá na memória afetiva do público.
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