A alegria de uma noite de São João terminou em tragédia para a jovem Mariana Oliveira dos Santos, de apenas 15 anos. Natural de Campo Formoso, Mariana estava em Riachão do Jacuípe visitando a irmã e aproveitou para participar das festas juninas na cidade de Capela do Alto Alegre.
Na volta para casa, na madrugada do último domingo (15), o carro onde ela estava colidiu com um caminhão na BR-324, em um trecho de Riachão do Jacuípe, a 87 km de Feira de Santana.
O impacto foi violento. Mariana estava acompanhada de outras quatro pessoas no veículo, e três delas perderam a vida: além da adolescente, morreram Leandro de Jesus Carneiro e Leide Ana Carneiro, tio e sobrinha, ambos moradores de Riachão. Duas outras pessoas ficaram feridas, entre elas uma amiga de Mariana, de 16 anos, que sobreviveu e segue em recuperação.
Despedida marcada pela dor e pelas lembranças de uma vida cheia de sonhos
O irmão de Mariana, Daniel de Oliveira Ferreira, de 18 anos, contou que a irmã sonhava alto. “Ela queria viajar o mundo. Tinha o sonho de conhecer a França. Era uma menina alegre, boa de conversa, tinha muitos amigos”, disse emocionado.
A adolescente cursava o primeiro ano do ensino médio no Colégio Estadual Professora Hilda Monteiro Menezes, em Campo Formoso, e gostava de passar as tardes conversando com vizinhos na porta de casa.
Entre os que sentiram profundamente a perda está Raul Guilherme Alves Borges, de 17 anos, amigo de infância de Mariana. “Ela foi luz na minha vida. Sempre meiga, prestativa. Conversávamos todos os dias. Quando soube, meu mundo desabou. A gente cresceu junto”, relembrou.
O corpo da jovem foi sepultado na manhã da segunda-feira (16), no Cemitério Municipal de Campo Formoso, sob forte comoção de familiares, colegas e amigos que ainda tentam entender a perda tão precoce.
Família em luto e cidades solidárias após tragédia na estrada
As outras duas vítimas, Leide Ana Carneiro, de 45 anos, e Leandro de Jesus Carneiro, de 43, também foram enterradas na segunda-feira, no Cemitério Municipal Eterna Lembrança, em Riachão do Jacuípe. Leide era bióloga e atuava há mais de 15 anos na rede municipal de ensino. Leandro era conhecido na cidade por ser dono de uma pizzaria.
A tragédia mobilizou as autoridades locais. A Prefeitura de Riachão do Jacuípe decretou luto de três dias. As gestões de Capela do Alto Alegre e Campo Formoso também lamentaram oficialmente as mortes, prestando solidariedade às famílias atingidas por uma perda tão devastadora.