A cantora Preta Gil faleceu no domingo (21) em Nova York, onde estava internada realizando um tratamento experimental contra um câncer no intestino.
Desde então, familiares têm enfrentado uma série de trâmites legais e sanitários para conseguir trazer o corpo de volta ao Brasil, conforme o desejo da própria artista, que queria ser velada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e sepultada em Salvador.
Apesar da comoção e da mobilização para organizar a cerimônia de despedida, o processo de repatriação do corpo é burocrático e envolve diversas exigências.
Antes de qualquer movimentação, é preciso emitir o atestado de óbito nos Estados Unidos e registrá-lo no consulado brasileiro, garantindo que o óbito seja reconhecido oficialmente pelas autoridades do Brasil.
Além disso, há uma série de etapas sanitárias que precisam ser seguidas rigorosamente. Uma delas é o embalsamamento do corpo, exigido por normas internacionais para transporte de restos mortais por via aérea. Esse procedimento serve para preservar o corpo durante o trajeto e evitar qualquer risco sanitário.
Regras sanitárias e documentação atrasam o translado
Também é necessário providenciar laudos médicos que comprovem que a morte foi causada por uma doença conhecida, além de declarações emitidas por médicos e funerárias norte-americanas.
Somente com todos os documentos assinados, traduzidos e autenticados, é possível dar entrada no chamado passaporte mortuário — documento essencial para o transporte internacional do corpo.
Outra exigência é o uso de um caixão apropriado, que deve ser selado hermeticamente e fumigado. Esses cuidados visam atender às normas da vigilância sanitária dos dois países e garantir a segurança no translado aéreo.
Todas essas etapas precisam de tempo e, por isso, o retorno do corpo de Preta Gil ao Brasil pode levar alguns dias, podendo se estender até mais de uma semana.
A família da cantora está cuidando pessoalmente de cada detalhe e aguarda a liberação total para iniciar o processo de transporte. Até lá, os fãs permanecem em vigília, à espera de prestar as últimas homenagens a uma artista que marcou gerações com sua voz, sua coragem e sua autenticidade.
Enquanto o corpo não retorna, o Brasil se prepara para uma despedida emocionante e à altura do legado de Preta Gil, como ela mesma sonhou e organizou nos últimos dias de vida.
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