A brutal agressão cometida por Igor Eduardo Pereira Cabral, ex-jogador de basquete, ganhou grande repercussão após as imagens das câmeras de segurança de um elevador registrarem o momento exato em que ele espanca violentamente uma mulher dentro de um condomínio em Ponta Negra, Natal (RN). O ataque aconteceu na tarde do sábado, dia 26, e deixou a vítima com fraturas na mandíbula e o rosto desfigurado, além de graves hematomas.
A violência foi tão extrema que, segundo informações da polícia, a mulher só conseguiu prestar depoimento por escrito e passará por cirurgia ainda nesta semana.
A sequência de agressões durou cerca de dois minutos, com mais de 60 socos desferidos contra o rosto da vítima, que, em momento algum, conseguiu reagir. Igor foi preso em flagrante no mesmo dia, e após audiência de custódia, teve a prisão preventiva decretada.
No depoimento, o ex-atleta alegou que sofreu um “surto claustrofóbico” dentro do elevador. Contudo, os investigadores trabalham com a hipótese de crime motivado por ciúmes, descartando a justificativa apresentada por ele. Igor será indiciado por tentativa de feminicídio, diante da clara intenção de matar.
Histórico de violência do agressor reforça padrão agressivo
O caso, que já é tratado com extrema gravidade pela Delegacia da Mulher, ganhou ainda mais força após o surgimento de outro vídeo, publicado nas redes sociais, em que Igor aparece envolvido em uma briga na rua, trocando socos com outro homem. O conteúdo reforça a tese da polícia de que o ex-jogador apresenta um padrão de comportamento violento e reincidente.
De acordo com uma amiga da vítima, que pediu anonimato, o ataque só foi interrompido graças à ação rápida de um segurança do prédio, que monitorava as câmeras e percebeu a violência em tempo real.
Foi ele quem acionou a Polícia Militar do Rio Grande do Norte, que se deslocou imediatamente até o local e efetuou a prisão de Igor.
As autoridades agora investigam se há outras vítimas e se o agressor já teria sido denunciado anteriormente por episódios semelhantes. A polícia também vai analisar registros anteriores que possam indicar um histórico de abusos ou ameaças contra a atual vítima ou outras pessoas de seu convívio.
Enquanto isso, a mulher agredida permanece sob cuidados médicos, com o apoio de familiares e amigos. O caso levanta novamente o alerta para a necessidade de respostas mais firmes contra a violência doméstica, especialmente quando o agressor já demonstra comportamentos abusivos e perigosos.