É com um misto de tristeza e reverência que nos despedimos de Arlindo Cruz, um dos maiores nomes da história do samba. O cantor, compositor e multi-instrumentista faleceu nesta sexta-feira (8), no Rio de Janeiro, aos 66 anos.
A notícia, que abalou o mundo da música, foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz. A causa da morte foram as graves sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico que ele sofreu em março de 2017.
O AVC, que o deixou internado por quase um ano e meio, foi o ponto de partida de uma longa e difícil batalha. Arlindo lutou bravamente contra os danos causados pela doença, que comprometeu sua mobilidade e capacidade de fala.
Sua força e resiliência foram um exemplo para todos. Apesar de sua ausência dos palcos, sua música nunca deixou de tocar os corações dos brasileiros, mantendo vivo seu imenso legado.
Entendendo o AVC Hemorrágico, a Doença de Arlindo Cruz
O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, acontece quando o fluxo de sangue para uma parte do cérebro é interrompido. Existem dois tipos principais: o isquêmico, que é o mais comum, e o hemorrágico, o que acometeu Arlindo Cruz.
O AVC hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando um sangramento que danifica as células cerebrais.
Os sintomas do AVC hemorrágico podem surgir de repente e variam de acordo com a área do cérebro afetada. Os sinais mais comuns incluem:
- Dor de cabeça intensa e repentina: Muitas vezes descrita como a pior dor de cabeça da vida.
- Perda de força ou formigamento: Geralmente em um lado do corpo (face, braço ou perna).
- Dificuldade para falar ou entender a fala: A pessoa pode ter a fala embolada ou não conseguir formar frases.
- Perda de visão: Em um ou nos dois olhos.
- Tontura e perda de equilíbrio: Pode haver dificuldade para caminhar ou se manter em pé.
No caso de Arlindo Cruz, o AVC causou sequelas neurológicas significativas, afetando sua capacidade motora e de comunicação. Sua luta contra a doença foi um lembrete da gravidade do AVC e da importância do tratamento e reabilitação.
O Legado Imortal do “Sambista Perfeito”
Apelidado carinhosamente de “o sambista perfeito”, Arlindo Cruz deixa um tesouro de composições que se tornaram hinos do samba. Suas parcerias, sua habilidade no cavaquinho e no banjo, e sua voz marcante o transformaram em uma lenda.
A morte de Arlindo Cruz é uma perda irreparável para a música brasileira, mas sua obra continuará a inspirar novas gerações de sambistas e a embalar os corações de todos que amam o samba.