Médico do IML Revela Porque Arlindo Cruz Estava Com Mau Cheiro no Velór…Ver mais

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O Brasil se despediu nesta sexta-feira (8) de Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba, que faleceu aos 66 anos no Rio de Janeiro. O músico estava internado na Casa de Saúde São José, onde tratava uma pneumonia. Sua morte foi confirmada pela família, encerrando uma trajetória marcada por talento, resistência e amor à música.

Desde 2017, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) em casa, Arlindo passou a enfrentar sérias complicações de saúde. As sequelas o deixaram debilitado, exigindo cuidados constantes. Nos últimos anos, seu quadro clínico envolveu procedimentos cirúrgicos, uso de sonda alimentar e o diagnóstico de uma doença autoimune.

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O velório foi marcado por grande comoção. Familiares, amigos e fãs se reuniram para prestar as últimas homenagens ao artista, relembrando sucessos como Meu Lugar, O Bem e O Show Tem Que Continuar.

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No entanto, relatos indicaram que, durante a cerimônia, alguns presentes notaram um odor forte vindo do corpo. A situação gerou curiosidade e questionamentos sobre por que isso acontece em alguns velórios.

Por que alguns corpos exalam mau cheiro no velório

De acordo com especialistas do Instituto Médico Legal (IML), o mau cheiro em um corpo velado pode ocorrer por diferentes fatores. Um deles é o tempo decorrido entre a morte e o início do processo de conservação. Quando há demora para realizar a preparação, o corpo entra rapidamente em decomposição, principalmente em locais de clima quente e úmido, como o Rio de Janeiro.

Outro ponto é que, mesmo após o embalsamamento, o odor pode aparecer em casos de doenças infecciosas graves, infecções generalizadas ou feridas abertas que não podem ser totalmente tratadas no processo de higienização. Pneumonias e sepse, como no caso de Arlindo, tendem a acelerar a deterioração dos tecidos, facilitando a liberação de gases e odores característicos da decomposição.

O mau cheiro também pode ser intensificado se o corpo apresentar queimaduras, necroses ou comprometimento de órgãos internos que liberam substâncias rapidamente após a morte. Nesses casos, o trabalho das funerárias é limitado, e o odor pode ser percebido mesmo em velórios de curta duração.

Especialistas reforçam que não se trata de descuido da família ou da equipe funerária, mas de um processo natural do corpo humano em determinadas condições clínicas e ambientais. O calor, a umidade e a gravidade da doença que levou ao óbito são determinantes nesse processo.

O adeus a Arlindo Cruz foi marcado por emoção e saudade, mas também trouxe à tona um tema pouco discutido: a realidade biológica da morte. Apesar do impacto, o legado musical e cultural deixado pelo artista continuará vivo, celebrando a alegria, a poesia e a resistência do samba brasileiro.

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