Motorista do Carro do Lixo Conta Como Foi Últimos Segundos de Gari M0rt…ver mais

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Na manhã de segunda-feira (11), um episódio envolvendo trabalhadores da limpeza urbana e um empresário chocou moradores da Região Oeste de Belo Horizonte. Durante a coleta de lixo, uma situação de tensão rapidamente evoluiu para violência, resultando na morte do gari Laudemir Fernandes e na prisão de um suspeito.

O crime, classificado como bárbaro e de motivo torpe, gerou comoção em toda a capital mineira. Segundo relato da motorista do caminhão, Eledias Aparecida Rodrigues, de 43 anos, um veículo utilitário cinza se aproximou em sentido contrário e seu condutor demonstrou comportamento agressivo.

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“A rua é larga, mas com carros estacionados dos dois lados. Dei preferência para ele, mas ele, alterado, sacou a arma e disse que, se eu encostasse no carro, atiraria na minha cabeça”, afirmou.

Testemunhas relatam momento do disparo

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De acordo com o boletim de ocorrência, o empresário teria se irritado com a parada do caminhão e ameaçado a motorista, apontando a arma em sua direção. Colegas de trabalho tentaram intervir, pedindo que se acalmasse.

O coletor Thiago se colocou entre o suspeito e a motorista, questionando se ele realmente pretendia atirar. Conforme testemunhas, o homem saiu do carro, mudou a direção da pistola e disparou contra Laudemir, que estava trabalhando. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local, deixando familiares e colegas em luto.

Prisão do suspeito e investigações

Após o crime, o autor deixou o local e seguiu para uma avenida movimentada. Horas depois, foi encontrado pela Polícia Civil em uma academia no bairro Estoril e preso em flagrante.

Ele negou envolvimento, alegando não ter passado pela via no momento do ocorrido. As investigações revelaram que a arma utilizada pertencia à esposa dele, uma delegada da Polícia Civil de Minas Gerais. Na casa do casal, os agentes apreenderam duas armas, sendo uma identificada como a do disparo. A delegada prestou depoimento na Corregedoria e teve o celular apreendido.

Embora não estivesse presente no momento do crime, poderá responder por negligência na guarda do armamento. O caso segue sob apuração, com inquéritos abertos para apurar a responsabilidade do suspeito e a conduta da delegada. Enquanto a investigação avança, a morte de Laudemir reacende o debate sobre o uso responsável de armas e a necessidade de medidas preventivas para evitar que conflitos banais se transformem em tragédias irreversíveis.

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