Brasil, 2025 – O caso que chocou o país no último fim de semana ganhou novos desdobramentos. Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, investigado por praticar abuso contra um cavalo que teve as quatro patas cortadas em Bananal, no interior de São Paulo, concedeu entrevista e admitiu ter sido o autor da mutilação. O jovem disse estar embriagado no momento do ato e afirmou se sentir arrependido.
Em declaração à TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo, Andrey classificou sua atitude como um “ato de transtorno”. Segundo ele, o consumo de álcool contribuiu para o descontrole, mas fez questão de assumir a responsabilidade. “Não é culpa da bebida, é culpa minha. Eu reconheço meus erros”, afirmou.
O jovem tentou rebater parte das críticas recebidas após a repercussão do caso, dizendo que os ferimentos foram provocados quando o cavalo já estava morto. Mesmo assim, admitiu a gravidade da ação: “Me sinto arrependido dessa crueldade que eu fiz.
Muitas pessoas estão me julgando, falando que eu sou um monstro. Eu não sou um monstro. Eu nasci e fui criado no ramo de cavalo, mexo com boi, tenho o apelido de boiadeiro”.
As imagens que circularam nas redes sociais geraram indignação e comoção, com ativistas de defesa animal e artistas exigindo justiça. O caso provocou protestos na região e trouxe à tona novamente o debate sobre maus-tratos contra animais.
Entenda o caso em Bananal, interior de São Paulo
O episódio aconteceu no último sábado (16), em uma área rural de Bananal, cidade conhecida pelo turismo histórico e ambiental. O cavalo não resistiu aos ferimentos e morreu. A cena foi registrada por uma testemunha, o que acelerou a mobilização nas redes e levou o caso rapidamente às autoridades.
Na segunda-feira (18), Andrey e uma testemunha compareceram à delegacia para prestar depoimento. A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) confirmou que ambos foram ouvidos e liberados em seguida. O inquérito segue em andamento e diligências estão sendo feitas para esclarecer detalhes da ocorrência.
Investigações e repercussão nacional
A Polícia Civil investiga Andrey por abuso e maus-tratos contra animais, crime previsto em lei e que pode resultar em pena de detenção, multa e proibição de guarda de animais. O caso ganhou repercussão nacional após denúncias feitas por ativistas e a mobilização de parlamentares ligados à causa animal.
O episódio trouxe à tona mais uma vez a discussão sobre a eficácia das punições previstas para crimes de maus-tratos no Brasil. Entidades de proteção animal reforçam que a legislação precisa ser aplicada de forma rigorosa para inibir novas ocorrências e garantir mais proteção aos animais.