Brasil, 2025 — A morte da estudante de medicina Paula Abrantes, de apenas 24 anos, deixou a cidade de Alexânia (GO) em luto e trouxe à tona relatos comoventes da família.
A jovem perdeu a vida em um grave acidente de carro no último sábado (16), na BR-060, quando voltava com o marido para Pedro Caballero, no Paraguai, onde cursava medicina.
Uma caminhonete invadiu a contramão e atingiu o veículo de frente. Apesar de ter sido socorrida, Paula não resistiu aos ferimentos, deixando familiares e amigos devastados.
Uma despedida marcada por sinais emocionantes
O pai da jovem, o advogado Marco Antônio Raimundo da Silva, relatou em depoimento emocionado que a filha parecia pressentir a tragédia. Ele contou que, pela primeira vez, Paula demonstrou resistência em voltar para o Paraguai.
“Dessa vez ela não queria ir embora. Todas as vezes ela queria, mas dessa vez ela não queria. Parece que estava sentindo mesmo”, disse, em lágrimas.
Antes de seguir viagem, Paula fez questão de reunir a família em frente ao mercado da família e tirou uma foto que publicou em suas redes sociais com a legenda: “Meu lar”. Para parentes e amigos, esse gesto ganhou um significado ainda mais profundo após a fatalidade.
Comoção em Alexânia e último adeus
A notícia da morte causou grande comoção em Alexânia. O velório, inicialmente previsto para um espaço pequeno, precisou ser transferido para um local maior diante da multidão de familiares, amigos e moradores que queriam prestar as últimas homenagens.
Paula, chamada carinhosamente de “Paulinha”, foi lembrada como uma jovem alegre, intensa e de personalidade vibrante. A dor do pai foi expressa em palavras que emocionaram a todos: “Ela era viva, alegre, intensa e barulhenta. Sempre buscava viver intensamente, como se soubesse que sua vida seria pequena”.
Uma vida interrompida, mas repleta de intensidade
Nos últimos dias antes do acidente, Paula havia se dedicado a estar com os familiares e demonstrava forte ligação com a cidade natal. Segundo o pai, ela estava com o “coração doendo” e queria prolongar a estadia no Brasil.
Esse sentimento reforçou a percepção de que havia algo diferente em sua despedida. Os amigos lembram que ela sempre irradiava alegria, mesmo em meio a dificuldades, e que sonhava em se formar médica para ajudar pessoas.
A morte precoce de Paula deixou uma lacuna irreparável, mas também um legado de intensidade e amor à vida. Sua história, marcada por momentos felizes e um final trágico, se transformou em lembrança eterna para aqueles que compartilharam sua jornada. Em Alexânia, a jovem será sempre recordada como símbolo de vitalidade, determinação e carinho.