A cidade de Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, viveu momentos de luto e perplexidade após a morte brutal da adolescente Fernanda Tiemi dos Santos Ferreira, de 16 anos.
A jovem foi encontrada sem vida pela própria mãe, que retornava para casa no fim do dia e se deparou com uma cena impossível de esquecer. O corpo da filha estava deitado na cama, com ferimentos de faca no pescoço, evidências que levaram a polícia a registrar o caso como homicídio.
O episódio chocou vizinhos, amigos e familiares, e trouxe à tona uma série de conflitos que cercavam a vida da vítima.
A descoberta dolorosa e os primeiros passos da investigação
Na última quarta-feira, 20 de agosto, a rotina da família foi quebrada por uma tragédia inesperada. A mãe de Fernanda, ao chegar do trabalho, entrou no quarto da filha e encontrou o corpo sobre a cama. Imediatamente, acionou a polícia, que isolou o local e chamou a perícia.
O caso ficou sob responsabilidade do 4º Distrito Policial de Mogi das Cruzes, que passou a investigar as circunstâncias e possíveis motivações para o crime. O boletim de ocorrência detalha os primeiros indícios: além dos ferimentos fatais, não havia sinais claros de arrombamento, o que levantou suspeitas de que a vítima conhecia o agressor. Esse detalhe reforçou a hipótese de envolvimento de pessoas próximas, transformando o caso em um quebra-cabeça para os investigadores.
Conflitos familiares e principais suspeitos
Durante a apuração, o depoimento da irmã de Fernanda, que está grávida, tornou-se peça-chave. Ela relatou que mantinha uma relação difícil com a vítima e revelou que seu ex-marido não escondia o desprezo pela adolescente.
Mais grave ainda, segundo a jovem, o homem chegou a fazer uma ameaça velada de que uma “desgraça” aconteceria na família caso não fosse aceito novamente no convívio doméstico.
Outro suspeito apontado foi o ex-namorado de Fernanda, de 28 anos, pai de sua filha. Ele era descrito como alguém envolvido em dívidas e que utilizava o nome da ex-companheira para escapar de credores.
Além disso, a adolescente teria recebido ameaças de morte por telefone, o que ampliou ainda mais as suspeitas contra ele. O ex-cunhado, ouvido pela polícia, admitiu ter estado na casa no dia do crime, mas alegou que sua intenção era apenas conversar sobre a retirada de uma medida protetiva. Disse ainda que passou o restante do dia em casa, alegando dores no joelho. Já o ex-namorado negou envolvimento.
Dor da família e expectativa por respostas
Enquanto a investigação segue em busca de provas concretas, a família enfrenta o sofrimento de uma perda irreparável. O sepultamento de Fernanda foi marcado por comoção e revolta, já que a jovem de 16 anos tinha a vida interrompida de maneira violenta.
A Polícia Civil agora aguarda os resultados dos laudos periciais, que devem ajudar a esclarecer a dinâmica do crime e apontar os verdadeiros responsáveis. O caso continua a repercutir em Mogi das Cruzes, onde moradores aguardam que a justiça seja feita. Entre ameaças, disputas familiares e suspeitas de vingança, a morte de Fernanda Tiemi expõe um drama que mistura violência, segredos e tensões domésticas.
Com pouco mais de duas semanas desde o crime, a cidade permanece em expectativa. A pergunta que ecoa entre familiares e vizinhos é a mesma: quem matou Fernanda?