Brasil, 2025 – O último domingo, 14 de setembro, foi marcado por grande movimentação em Brasília em torno da figura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Após dias de expectativa sobre sua saúde e também sobre sua situação jurídica, ele deixou sua residência para comparecer ao hospital DF Star, em um deslocamento autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A saída aconteceu sob forte escolta policial e contou com a presença de familiares, chamando atenção da imprensa e de apoiadores que aguardavam no local.
Ex-presidente vai ao hospital com escolta autorizada pelo STF
Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, recebeu permissão do ministro Alexandre de Moraes para realizar procedimentos médicos previamente agendados.
Durante o trajeto até o DF Star, esteve acompanhado por policiais penais do Distrito Federal. No hospital, foi submetido à retirada de um nevo melanocítico no tronco, uma pinta que, apesar de geralmente benigna, será encaminhada para biópsia.
A decisão de realizar a análise reflete a necessidade de descartar qualquer risco maior em relação à saúde do ex-presidente, que já enfrentou outros procedimentos médicos nos últimos anos.
Condenação recente e impacto político
A ida ao hospital ocorre em meio a um cenário jurídico turbulento. Apenas dois dias antes, o STF havia confirmado a condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
A sentença, embora ainda não publicada em sua versão oficial, já traz fortes repercussões políticas. A defesa do ex-presidente aguarda a publicação para apresentar os recursos cabíveis, enquanto aliados discutem os desdobramentos do processo.
A logística de sua prisão domiciliar ganha cada vez mais destaque, já que cada saída depende de autorização judicial expressa e de acompanhamento policial.
Família presente e silêncio diante de apoiadores
Bolsonaro chegou ao DF Star ao lado de dois de seus filhos, os vereadores Renan e Carlos Bolsonaro. A presença da família reforçou o clima de cuidado e amparo em meio às tensões judiciais e de saúde.
Do lado de fora do hospital, um pequeno grupo de apoiadores aguardava ansioso para vê-lo. No entanto, ao descer do carro, o ex-presidente não interagiu com os presentes, optando por seguir diretamente para o interior da unidade de saúde. O gesto, interpretado como sinal de reserva, evidenciou o peso do momento em que saúde e política se entrelaçam de maneira inevitável.
O episódio mostra que, mesmo afastado do poder, Bolsonaro segue como figura central no cenário nacional. Sua rotina, marcada agora por compromissos médicos e decisões judiciais, mantém o país atento aos próximos desdobramentos de sua trajetória.