Brasil, 2025 – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de 70 anos, deixou o Hospital DF Star, em Brasília, neste domingo (14), após passar por procedimentos médicos que incluíram a remoção de lesões na pele e a reposição de ferro endovenosa, em razão de um quadro de anemia detectado em exames.
A alta ocorreu no início da tarde, e Bolsonaro retornou para sua casa, onde cumpre prisão domiciliar determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A ida ao hospital foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou que a defesa apresentasse relatórios médicos em até 48 horas. Durante a internação, os médicos removeram oito lesões da pele, localizadas no tronco e no braço direito.
Além disso, uma tomografia apontou imagem residual de uma pneumonia recente causada por broncoaspiração. O boletim médico também confirmou a presença de anemia por deficiência de ferro, motivo pelo qual o ex-presidente recebeu reposição intravenosa durante a estadia no hospital.
Estado de saúde e acompanhamento
O documento assinado pelos médicos Cláudio Birolini, Leandro Echenique, Guilherme Meyer e Allisson Barcelos Borges informou que Bolsonaro deve manter acompanhamento para hipertensão arterial, refluxo gastroesofágico e adotar medidas preventivas contra novos episódios de broncoaspiração.
Os especialistas destacaram que as lesões retiradas serão submetidas a análises laboratoriais, e o resultado definirá se haverá necessidade de tratamento complementar.
Ainda que tenha recebido alta, o ex-presidente segue em atenção médica constante, já que acumula problemas de saúde desde o atentado à faca em 2018, além de outras internações nos últimos anos.
Prisão domiciliar e repercussão
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde agosto, após descumprir medida cautelar imposta por Moraes. O pedido de sua defesa para a ida ao hospital ocorreu antes mesmo da conclusão do julgamento que resultou em sua condenação a mais de 27 anos de prisão por participação na trama golpista.
A chegada do ex-presidente ao DF Star foi marcada por forte esquema de segurança. Apoiadores vestidos de verde e amarelo se reuniram na frente do hospital, buscando contato com ele, mas não receberam resposta. Como parte dos protocolos determinados, veículos ligados à residência de Bolsonaro passaram por revistas detalhadas.
A internação e o estado de saúde do ex-presidente reforçam o delicado momento em que ele se encontra, dividido entre a recuperação clínica e as consequências jurídicas que ainda se desenrolam. O episódio demonstra como sua condição médica e a situação política permanecem diretamente ligadas, mantendo o ex-mandatário sob atenção pública e judicial.