Brasil, 2025 – O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a ser internado em Brasília após sofrer um novo episódio de saúde delicado. De acordo com informações confirmadas por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, o ex-líder apresentou soluços contínuos, vômito intenso e queda acentuada da pressão arterial, sintomas que preocupam pela gravidade e pela reincidência em seu histórico clínico.
Desde o atentado à faca durante a campanha de 2018, Bolsonaro passou por pelo menos seis cirurgias relacionadas às complicações intestinais decorrentes do ataque. A última grande intervenção foi em abril deste ano, quando ficou submetido a um procedimento de 12 horas.
Mesmo após a alta, os problemas de saúde nunca foram totalmente superados, resultando em idas regulares ao hospital para exames, observações e pequenos procedimentos, como a recente remoção de lesões cutâneas.
No último fim de semana, após sentir-se mal em casa, Bolsonaro precisou ser levado às pressas ao hospital. Os médicos diagnosticaram um quadro que exigiu monitoramento imediato, sobretudo pela combinação de sintomas que envolvem o sistema digestivo e cardiovascular.
O que significa ter pressão baixa?
A pressão baixa, também conhecida como hipotensão, ocorre quando os valores de pressão arterial ficam abaixo do normal, geralmente abaixo de 90/60 mmHg. Entre os sintomas mais comuns estão:
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Tontura e sensação de desmaio, conhecidos como episódios de pré-síncope.
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Fraqueza intensa e visão turva, que podem limitar movimentos simples.
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Náusea, suor frio e palidez, sinais de que o corpo não está recebendo oxigênio suficiente.
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Em casos mais graves, pode provocar choque circulatório, exigindo intervenção médica imediata.
Nos relatos sobre Bolsonaro, o quadro de hipotensão associado a vômito e desidratação aumenta o risco de complicações, já que a perda de líquidos no organismo pode agravar ainda mais a queda da pressão.
Condenação judicial em paralelo
Enquanto enfrenta fragilidades físicas, Bolsonaro também lida com pressão política e judicial. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal o condenou a 27 anos e três meses de prisão por planejar um golpe de Estado após perder as eleições de 2022. Desde agosto, ele cumpre prisão domiciliar em Brasília, o que reforça a dimensão da crise em torno de sua figura pública.
A soma de doença, desgaste político e condenação judicial coloca Bolsonaro em um dos períodos mais críticos desde que deixou o poder. Médicos seguem acompanhando sua evolução, mas especialistas ressaltam que episódios de pressão baixa, quando recorrentes, são sinais de alerta que não podem ser ignorados, especialmente em pacientes com histórico cirúrgico delicado.