Brasil, 2025 – Consultas ginecológicas fazem parte da rotina de saúde das mulheres, mas muitos hábitos podem atrapalhar esse momento tão importante. De acordo com especialistas, algumas atitudes comuns incomodam os ginecologistas e dificultam o atendimento, seja por prejudicar a avaliação clínica ou por tornar a consulta menos produtiva.
Uma das principais dificuldades relatadas por médicos é quando a paciente não traz informações básicas sobre seu histórico. Datas da última menstruação, uso de anticoncepcionais e queixas recentes são fundamentais para que o atendimento seja completo. Sem esses dados, o diagnóstico pode ficar limitado e atrasar a investigação de problemas.
Acreditar em mitos e receitas caseiras
Outro ponto que gera preocupação é quando a paciente chega ao consultório com crenças erradas ou tentando substituir tratamento médico por receitas caseiras encontradas na internet. Essa prática, além de não resolver os sintomas, pode agravar infecções e mascarar doenças mais sérias, dificultando a avaliação do profissional.
Deixar de relatar sintomas por vergonha
Muitas mulheres, por constrangimento, omitem sintomas como dor durante a relação sexual, alterações no corrimento ou sangramentos fora do ciclo. O silêncio, no entanto, prejudica o diagnóstico precoce. Para os médicos, a sinceridade é essencial, já que até pequenos detalhes ajudam a identificar doenças ginecológicas.
Fazer automedicação antes da consulta
Usar pomadas vaginais ou antibióticos por conta própria, pouco antes da consulta, é outra prática malvista. Esses medicamentos podem alterar o resultado dos exames e atrapalhar a análise clínica, levando o ginecologista a conclusões equivocadas sobre o quadro da paciente.
Adiar consultas de rotina
O hábito de só procurar o ginecologista em situações de emergência também é apontado como um erro. O ideal, segundo especialistas, é realizar check-ups anuais, que ajudam na prevenção e no diagnóstico precoce de doenças como infecções, miomas e até câncer de colo de útero.
Interromper tratamentos sem orientação
Outra atitude que preocupa os ginecologistas é quando a paciente abandona o tratamento indicado antes do tempo recomendado. Isso pode comprometer a eficácia da medicação, favorecer a resistência bacteriana e até prolongar o problema inicial.
Não tirar dúvidas por receio de julgamento
Por fim, os médicos destacam que muitas pacientes deixam de fazer perguntas por medo de parecerem desinformadas. A consulta é justamente o espaço para esclarecer dúvidas, e não aproveitar esse momento pode gerar insegurança e práticas inadequadas no dia a dia.
No fim, o que os ginecologistas mais ressaltam é que a relação de confiança e diálogo é o que garante um atendimento completo e seguro. Ser transparente, não esconder informações e seguir as orientações médicas são atitudes que fazem toda a diferença para a saúde íntima da mulher.