O jornalista Evaristo Costa abriu o coração nesta quarta-feira (24/09) ao relatar situações constrangedoras que enfrentou devido à Doença de Crohn, enfermidade crônica que atinge o trato intestinal e pode provocar crises intensas de diarreia. Pelas redes sociais, ele compartilhou episódios marcantes que serviram de alerta para a necessidade de mais empatia e respeito no dia a dia.
Durante um voo, Evaristo precisou se dirigir com urgência ao banheiro, mas se deparou com uma longa fila. Por conta da condição, o jornalista explicou que, em momentos de crise, pode ser necessário ir “20, 30 ou até 40 vezes” ao banheiro em poucas horas. No entanto, ao tentar passar, não conseguiu furar a fila e acabou vivendo uma situação de grande constrangimento.
Esse e outros episódios o fizeram defender o uso do cordão de girassol, símbolo que identifica pessoas com deficiências ocultas, como doenças crônicas, transtornos ou condições que não são visíveis a olho nu, mas que exigem atenção especial. Para Evaristo, o acessório funciona como uma forma prática de comunicação e pode evitar julgamentos e barreiras desnecessárias.
Constrangimento em locais públicos
Além do episódio no avião, o jornalista também relembrou uma situação em que foi impedido de usar o banheiro de um estabelecimento porque, segundo um segurança, o espaço era restrito apenas a clientes. “Eu perguntei se poderia usar o banheiro primeiro e depois consumir. Ele respondeu que não, que eu teria que consumir antes”, contou.
O caso expõe a falta de compreensão de muitos ambientes públicos diante de necessidades urgentes. Situações assim, destacou Evaristo, reforçam a importância do cordão de girassol para que pessoas com condições invisíveis consigam ter seus direitos respeitados sem constrangimentos.
Remissão e esperança após anos de dificuldades
Atualmente, Evaristo vive um momento mais tranquilo. O jornalista contou que está em remissão da doença, o que significa que o quadro está controlado e ele não enfrenta mais as crises intensas que marcaram sua vida no passado. Ainda assim, ele fez questão de lembrar que essa realidade não é igual para todos e que a conscientização deve ser permanente.
Segundo ele, “direitos são direitos”, mas ferramentas como o cordão ajudam a comunicar rapidamente uma condição e evitam situações de desrespeito. Ao compartilhar sua história, Evaristo busca não apenas dividir suas experiências, mas também contribuir para que mais pessoas entendam a importância de acolher e respeitar quem enfrenta deficiências invisíveis.