Brasil, 2025 – Campinas (SP) viveu um fim de semana marcado pela violência e pelo luto. Eliane Alves de Souza, de 37 anos, foi encontrada morta com 18 facadas no bosque do bairro Parque Valença, na noite de sábado (9).
A tragédia chocou a comunidade local e deixou três filhos órfãos. O sepultamento da vítima acontece nesta segunda-feira (11), no Cemitério dos Amarais, em meio à dor de familiares e amigos.
De acordo com relatos da família, Eliane havia combinado de se encontrar com uma das filhas no sábado, mas não apareceu. A última vez em que foi vista com vida teria sido no Terminal do Campo Grande. Preocupados, os familiares comunicaram o desaparecimento às autoridades.

Poucas horas depois, a Polícia Militar encontrou o corpo no bosque do Parque Valença, já sem vida e com múltiplos ferimentos de faca. A brutalidade do crime aumentou ainda mais a comoção em Campinas.
Suspeitas de feminicídio e investigações da polícia
O caso foi registrado como feminicídio. No velório, familiares afirmaram que Eliane vinha sofrendo ameaças constantes do ex-namorado, que não aceitava o término do relacionamento. Essa informação será analisada pela Polícia Civil, responsável por conduzir as investigações.
Até o momento, ninguém foi preso, mas a hipótese de crime motivado por violência de gênero é a principal linha de apuração. Para os investigadores, a brutalidade das agressões e o histórico de ameaças são indicativos de um crime marcado por possessividade e rejeição. A polícia pretende ouvir testemunhas, analisar imagens de câmeras da região e recolher provas que possam levar ao autor.
A dor da família e a urgência de enfrentar a violência
O velório de Eliane, realizado em Campinas, reuniu parentes e amigos em clima de consternação. Muitos relembraram sua dedicação aos filhos e o esforço para superar dificuldades após o fim do relacionamento. Agora, os três filhos enfrentam não apenas a ausência da mãe, mas também as marcas emocionais deixadas pela forma violenta com que perderam a vida dela.
O feminicídio, que já figura como uma das maiores expressões da violência de gênero no Brasil, reforça a necessidade de políticas públicas mais eficazes de prevenção, proteção e punição. Casos como o de Eliane não representam apenas números nas estatísticas, mas histórias interrompidas, famílias destruídas e comunidades inteiras abaladas.
A morte de Eliane Alves de Souza ecoa como mais um alerta urgente sobre a realidade enfrentada por muitas mulheres que vivem sob ameaça e insegurança. Enquanto o país assiste ao aumento de casos semelhantes, cresce também a responsabilidade coletiva de transformar essa realidade.