O confronto entre Flamengo e Paris Saint-Germain foi marcado por expectativa alta, intensidade em campo e, principalmente, por decisões que acabaram pesando no resultado. Em um duelo que colocou frente a frente dois gigantes do futebol mundial, o time carioca mostrou competitividade em vários momentos, mas acabou sendo penalizado por erros individuais. O principal deles envolveu o goleiro Agustín Rossi, que teve atuação instável e acabou no centro das atenções após falhas na saída de bola, incluindo a que originou o gol do PSG.
A partida, que serviu também como vitrine internacional para o elenco rubro-negro, deixou um gosto amargo não apenas pelo placar, mas pelo debate que se intensificou após o apito final: o futuro de Rossi no clube.

Erros na saída de bola mudam o rumo do jogo
Desde os primeiros minutos, ficou claro que o Flamengo tentaria sair jogando desde a defesa, mesmo sob forte pressão do PSG. A estratégia, no entanto, apresentou riscos evidentes. Rossi demonstrou insegurança em algumas reposições, errando o tempo das jogadas e entregando bolas perigosas ao adversário.
Em pelo menos duas ocasiões, o goleiro argentino tentou iniciar a construção com passes curtos e acabou pressionado, forçando lançamentos imprecisos. A falha mais decisiva aconteceu ainda no primeiro tempo, quando uma saída equivocada permitiu ao PSG recuperar a bola em zona ofensiva. A equipe francesa não desperdiçou a chance e abriu o placar pouco depois, aproveitando o desajuste defensivo causado pelo erro.
O lance gerou reação imediata da torcida e aumentou a tensão no setor defensivo do Flamengo. Apesar de boas defesas em outros momentos da partida, o episódio acabou sendo determinante para a avaliação geral da atuação de Rossi.
Atuação abaixo do esperado e críticas crescentes
Rossi já vinha sendo observado com atenção por parte da comissão técnica e da torcida, especialmente pela forma como participa da construção das jogadas. Contra o PSG, essa característica, que em outros jogos foi vista como virtude, acabou se tornando um problema.
A insegurança demonstrada em momentos-chave contrastou com a exigência de um jogo desse nível. O PSG, acostumado a explorar erros mínimos, soube pressionar e forçar decisões rápidas do goleiro rubro-negro. O resultado foi uma atuação considerada irregular, que acabou ofuscando outros bons momentos individuais do time.
Após a partida, o nome de Rossi esteve entre os mais comentados, não apenas pela falha no gol, mas pelo conjunto da performance. A avaliação interna passa agora a ser ainda mais criteriosa, sobretudo em um cenário de planejamento para a próxima temporada.
Fim de contrato levanta dúvidas sobre permanência no Flamengo
Além do impacto imediato no resultado do jogo, a atuação diante do PSG reacendeu uma discussão que vinha sendo tratada com cautela nos bastidores: a renovação de contrato de Rossi. Com vínculo próximo do fim, o goleiro vive um momento decisivo no clube.
A diretoria ainda não definiu se fará uma proposta de renovação, e partidas como essa pesam diretamente na avaliação final. A possibilidade de não estender o contrato faz com que o termo “demissão” passe a circular entre torcedores e analistas, ainda que oficialmente não haja nenhuma decisão tomada.
O Flamengo entende que a posição de goleiro exige confiança absoluta, especialmente em jogos grandes. Caso a diretoria conclua que Rossi não entrega a segurança necessária a longo prazo, mudanças podem ocorrer. Por outro lado, há o entendimento de que uma atuação isolada não deve ser o único fator determinante.
O duelo contra o PSG, portanto, pode representar mais do que uma derrota em campo. Ele pode simbolizar um ponto de virada na trajetória de Rossi no Flamengo, seja para uma recuperação de confiança ou para uma despedida que começa a ganhar contornos reais nos bastidores do clube.