Professora se Apaixona por Aluno de 15 Anos e Acab…Ver mais

0

Uma professora do ensino médio admitiu à Justiça australiana ter cometido crimes sexuais contra um adolescente de 15 anos, encerrando meses de negativas e colocando fim a uma das etapas mais sensíveis do processo. Karly Rae, de 37 anos, declarou-se culpada em tribunal de Nova Gales do Sul, na Austrália, e passou a cumprir medidas restritivas, incluindo a proibição de ficar sozinha com menores de 16 anos. Ela também perdeu o emprego.

O caso veio à tona após a família do adolescente procurar as autoridades, dando início a uma investigação que reuniu mensagens trocadas entre a professora e o aluno, além de depoimentos colhidos ao longo do processo.

Publicidade

Contato começou pelas redes sociais

De acordo com os autos, a aproximação entre Rae e o estudante ocorreu por meio de redes sociais, como Snapchat e Instagram. As conversas evoluíram ao longo de outubro do ano passado, período em que a professora teria se valido da posição de confiança para manter contato inadequado com o adolescente.

Publicidade

As mensagens levantaram alertas quando o próprio jovem demonstrou receio com a situação e passou a questionar a continuidade das conversas. Pouco depois, ele contou à mãe sobre o que vinha acontecendo. Um primo, que também teve acesso às mensagens, comunicou os pais, o que levou ao acionamento da polícia.

A partir daí, a investigação avançou, reunindo elementos que embasaram as acusações apresentadas pelo Ministério Público.

Prisão, fiança e novas acusações

Rae foi presa no mesmo mês em que o caso se tornou público, mas acabou liberada sob fiança. Durante esse período, segundo a acusação, ela teria tentado entrar em contato com a vítima em diferentes ocasiões, o que levantou suspeitas de tentativa de interferir no andamento do processo.

O tribunal ouviu que o adolescente relatou as tentativas à mãe, reforçando a necessidade de medidas cautelares. Em audiência, o juiz Hament Dhanji destacou que havia indícios de tentativa de influenciar o depoimento.

Posteriormente, Rae voltou a ser presa por descumprir uma ordem de restrição, mas teve a fiança concedida novamente após informar que estava grávida. As autoridades esclareceram que não há indícios de que o pai da criança seja o estudante.

Confissão e próximos passos

Cerca de oito semanas após o nascimento do bebê, Karly Rae mudou a estratégia de defesa e confessou os crimes, declarando-se culpada de abuso sexual de menor, aliciamento, posse de material ilegal e tentativa de obstrução da Justiça. Antes disso, ela afirmava não saber a idade do aluno — argumento que perdeu força por se tratar de estudante da escola onde lecionava.

Com a confissão, o processo entrou na fase final. A sentença está prevista para março. O caso reacendeu debates na Austrália sobre proteção de menores, uso de redes sociais e responsabilidade de instituições de ensino na prevenção e no enfrentamento de abusos.

Enquanto aguarda a decisão judicial, Rae permanece sob restrições determinadas pela Justiça. O adolescente, conforme o processo, recebe acompanhamento e apoio adequados.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.