O cantor sertanejo Leonardo se tornou o centro de uma polêmica após sua apresentação na quinta-feira (12), durante o São João de Campina Grande, um dos maiores eventos juninos do Brasil, realizado na Paraíba. Considerado uma das atrações mais aguardadas da noite, o artista subiu ao palco diante de milhares de pessoas, mas o que deveria ser um momento de celebração se transformou em motivo de indignação nas redes sociais.
Um vídeo que circula amplamente na internet mostra Leonardo interpretando a música “Cumade e Cumpade” em uma versão eletrônica que dividiu opiniões. No registro, o cantor aparece com a voz arrastada, postura cambaleante e olhar perdido, o que levou muitos internautas a sugerirem que ele estaria embriagado durante a performance. A suspeita ganhou força com a repercussão nas redes, especialmente por conta do valor do cachê pago pela apresentação: R$ 650 mil, conforme apurou a revista Veja.
A hashtag “vergonha com dinheiro público” ganhou destaque, impulsionando críticas à conduta do artista e ao uso de recursos públicos em eventos culturais. “R$ 650 mil pagos para o público ver um bêbado pagando mico no palco”, escreveu um usuário nas redes. Outro ironizou: “Os R$ 650 mil mais fáceis que o Leonardo já ganhou”. As críticas não se limitaram ao cantor, mas também se estenderam à administração municipal, que até o momento não emitiu nenhum comunicado oficial sobre o ocorrido.
A contratação de artistas renomados para o São João de Campina Grande é tradicionalmente defendida pela prefeitura como uma forma de impulsionar o turismo e movimentar a economia local. No entanto, o episódio envolvendo Leonardo reacendeu o debate sobre a responsabilidade no uso de verba pública em grandes festas populares, especialmente quando há suspeita de má conduta por parte dos artistas contratados.
Enquanto o assunto segue gerando debates intensos nas redes sociais, muitos esperam um posicionamento formal da prefeitura de Campina Grande, tanto sobre o comportamento do cantor quanto sobre os critérios de contratação e fiscalização das apresentações. O caso reforça a necessidade de mais transparência e profissionalismo na gestão de recursos públicos destinados a eventos culturais.
Veja o vídeo: