A cidade de Hortolândia amanheceu mais triste nesta terça-feira (1º). Teve início pela manhã o velório de Gyovanna Aline Lopes Ribeiro, de apenas 15 anos, assassinada durante um assalto na noite de domingo (29), no bairro Jardim Nova América.
Sonhadora, Gyovanna desejava ser administradora de empresas. Nascida e criada em Hortolândia, morava com a mãe e um irmão mais velho. Estudava pela manhã, ajudava a família nos finais de semana e se dedicava a cursos de especialização para garantir um futuro melhor.
O crime, que chocou moradores da cidade e da região, interrompeu abruptamente a trajetória de uma jovem cheia de planos.
Imagens Revelam a Crueldade do Crime e o Desespero Após os Tiros
Enquanto familiares, amigos e conhecidos se reuniam para dar o último adeus à adolescente, a Polícia Civil prossegue com as investigações que podem contar com provas decisivas.
Duas câmeras de segurança próximas ao local do crime serão fundamentais para tentar identificar o assassino. Em uma das gravações, Gyovanna aparece ao lado de uma amiga quando são surpreendidas por um homem em uma motocicleta. Sob ameaça, as jovens entregam os celulares. No entanto, Gyovanna, nervosa e em pânico, não consegue lembrar a senha do aparelho.
A frieza do criminoso foi cruel: ele efetuou dois disparos, um deles atingindo Gyovanna no abdômen. As imagens mostram o momento de desespero que se seguiu. Populares se aproximaram para tentar socorrer a jovem, enquanto aguardavam a chegada do Samu, que infelizmente não conseguiu salvá-la.
Testemunhas e Polícia Buscam Justiça Para Gyovanna
Uma segunda câmera registrou a movimentação logo após o crime. A amiga de Gyovanna, completamente abalada, corre e entra no carro de um casal desconhecido para pedir ajuda. O veículo pertencia ao dono de uma adega que fica próximo ao local da tragédia.
De acordo com o boletim de ocorrência, o criminoso estava sozinho, pilotando uma motocicleta. Ele vestia moletom escuro e balaclava, o que dificulta a identificação. Mesmo assim, as autoridades estão analisando minuciosamente as imagens e outras pistas que possam levar ao autor do crime.
O caso já é tratado como latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte, uma tipificação que agrava a pena para o responsável. A Polícia Civil trabalha também com a hipótese de que o assassino possa estar envolvido em outros crimes semelhantes que vêm preocupando a região nos últimos meses.
Uma Cidade Clama por Justiça e Por Mais Segurança
Enquanto o corpo de Gyovanna era velado, muitas pessoas chegavam ao local visivelmente abaladas. Choravam não apenas pela vida interrompida tão cedo, mas também pela sensação de insegurança que paira sobre a comunidade.
Para os moradores, o sentimento é de revolta e medo. Amigos destacaram o quanto Gyovanna era estudiosa, dedicada e sonhava com uma carreira para ajudar a família. Agora, resta à cidade o luto profundo e a esperança de que a justiça seja feita.
Hortolândia se despede de Gyovanna, mas carrega consigo a lembrança de uma jovem cheia de sonhos, vítima da violência que insiste em roubar o futuro de tantos brasileiros.