A dor da perda da filha Preta Gil, aos 50 anos, ainda reverbera entre familiares, fãs e amigos. Mas uma figura em especial tem se destacado pela força e pelo cuidado em meio ao luto: Flora Gil, madrasta de Preta e esposa de Gilberto Gil, emocionou a todos com sua postura serena, protetora e firme diante da tragédia.
Ao lado do marido, ela permanece nos Estados Unidos, acompanhando de perto todos os trâmites para a repatriação do corpo da cantora. Segundo pessoas próximas, Flora tem sido o alicerce da família neste momento delicado. Mesmo profundamente abalada, ela não se permitiu desmoronar.
Foi ela quem iniciou, ainda no hospital, os contatos com as autoridades brasileiras para garantir que tudo ocorresse conforme os desejos deixados por Preta. A atitude comovente e ao mesmo tempo prática de Flora tocou todos que a acompanhavam. “Ela virou o coração e a cabeça da família quando todos estavam desabando”, relatou uma fonte próxima.
Serenidade, cuidado e proteção à memória de Preta
Desde o anúncio oficial da morte de Preta Gil, Flora tem adotado uma postura de silêncio respeitoso, evitando exposição, mas sendo presente em todas as decisões.
Foi ela quem garantiu que os últimos desejos da cantora fossem ouvidos e levados em consideração — entre eles, o pedido para ser velada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e ter seu corpo conduzido em cortejo por um trio elétrico, como símbolo de sua ligação com o Carnaval e com o povo.
Mesmo em meio à dor, Flora tem mantido a organização da logística internacional do translado, lidando com documentos, funerária e questões consulares.
Ela também tem protegido o marido, Gilberto Gil, que vive um dos momentos mais difíceis de sua vida. Pessoas próximas dizem que foi Flora quem segurou a mão de Gil quando ele desabou em prantos diante do corpo da filha, e que foi ela quem sussurrou palavras de consolo ao seu ouvido naquele instante devastador.
Corpo ainda está em Nova Iorque; cerimônia segue em fase de planejamento
O corpo de Preta Gil ainda se encontra em Nova Iorque e deve chegar ao Brasil somente a partir da próxima quarta-feira (23), conforme previsão da família. O processo de repatriação exige uma série de etapas legais e sanitárias, como embalsamamento, tradução de documentos, emissão de laudos e autorização do consulado brasileiro.
Flora Gil segue coordenando todos esses passos com extrema dedicação. A expectativa é de que o velório seja realizado no Rio de Janeiro, como Preta desejava, com uma cerimônia pública e, possivelmente, uma homenagem especial em Salvador, cidade que ela amava.
Neste momento de tanta dor, a atitude de Flora Gil representa não apenas a força de uma mulher, mas o amor silencioso de quem se despede em nome da família, cuidando para que tudo ocorra com a dignidade que Preta merece.
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