Ator de ‘Os Trapalhões’ morre e gera comoção
Brasil, 2025 – O humor brasileiro perdeu um de seus grandes nomes. O ator e comediante Pedro Farah, carinhosamente chamado de “Tio Pedro”, faleceu na última quinta-feira (4), aos 95 anos, no Rio de Janeiro. Com mais de sete décadas de carreira, o artista deixa um legado que atravessa gerações, marcado pela versatilidade e pela presença marcante tanto na televisão quanto no cinema.
Segundo relato da filha, Ivete Farah, o ator passou mal em casa após uma queda de pressão. Ele foi levado ao Hospital Copa D’Or, em Copacabana, onde sofreu um infarto fulminante e não resistiu. Pedro enfrentava uma leucemia crônica, mas mantinha uma vida ativa, lúcida e cheia de energia.
“Ele vivia bem, tinha lucidez e muita vontade de viver”, disse Ivete ao lembrar do pai, que até pouco tempo atrás ainda participava de produções de destaque.
O corpo do ator foi velado e cremado no Cemitério do Caju no último sábado (6). Amigos, familiares e fãs prestaram homenagens, ressaltando a vitalidade e o amor pela arte que o acompanhou até os últimos dias.
Uma trajetória marcada pelo riso
A carreira de Pedro Farah começou em 1956 e logo conquistou espaço no cenário televisivo. Sua projeção nacional veio nos anos 1970 com o programa “Planeta dos Homens”, onde ficou eternizado como a “múmia paralítica”.
Na década seguinte, brilhou ao lado de Renato Aragão e sua trupe em “Os Trapalhões”, fortalecendo ainda mais sua imagem como um dos grandes coadjuvantes do humor brasileiro.
Ao longo da carreira, acumulou mais de 30 novelas no currículo, incluindo produções de sucesso que marcaram a teledramaturgia nacional. No cinema, participou de filmes de grande bilheteria, como “Minha Vida em Marte”, e recentemente esteve no elenco da comédia “Os Farofeiros 2”, lançada em 2024. Mesmo em meio ao tratamento contra a leucemia, Pedro seguia trabalhando, mostrando que sua paixão pela arte nunca diminuiu.
Legado e reconhecimento
A morte de Pedro Farah gerou grande comoção nas redes sociais, onde fãs e colegas de profissão lembraram sua generosidade e dedicação ao ofício. Mais do que um comediante, ele foi um símbolo de resistência artística, mantendo-se ativo até os últimos anos de vida.
O legado de “Tio Pedro” permanece vivo na memória de quem cresceu assistindo a seus personagens. Sua trajetória mostra como o humor, mesmo em papéis coadjuvantes, pode ser essencial para marcar a história cultural de um país. A despedida de Pedro Farah é também uma celebração de uma vida inteira dedicada a arrancar risos e emocionar o público brasileiro.