O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil, e seu impacto entre as mulheres merece atenção especial. Embora muitas associem a doença apenas à idade avançada, o AVC pode atingir pessoas jovens, especialmente quando existem fatores de risco específicos.
Entre as mulheres, determinadas práticas e condições podem aumentar significativamente a probabilidade de um evento cerebrovascular. Uso de anticoncepcionais hormonais, tabagismo, sedentarismo e doenças como hipertensão e diabetes são exemplos que, combinados, elevam o risco. Além disso, a presença de enxaquecas com aura e o histórico familiar também são considerados elementos de alerta.
O AVC ocorre quando o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido, seja por um coágulo (isquêmico) ou pelo rompimento de um vaso sanguíneo (hemorrágico). Essa interrupção leva à morte de células cerebrais em minutos, o que torna o diagnóstico e o tratamento imediatos fundamentais para salvar vidas e reduzir sequelas.
Hábitos que podem favorecer o aparecimento do AVC
Entre as práticas que mais preocupam especialistas, está o tabagismo aliado ao uso de pílulas anticoncepcionais. Essa combinação aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos, o que pode resultar em um AVC isquêmico. Mulheres que fumam e utilizam métodos contraceptivos hormonais são fortemente orientadas a buscar alternativas e acompanhamento médico.
O sedentarismo e a má alimentação também são apontados como gatilhos importantes. O excesso de sal, açúcar e gordura contribui para hipertensão, obesidade e colesterol elevado, todos associados ao risco aumentado de problemas cardiovasculares e cerebrovasculares. Além disso, a ingestão excessiva de álcool é outro fator que, a longo prazo, pode prejudicar a saúde dos vasos sanguíneos e do coração.
Outro ponto é a negligência aos sinais iniciais. Muitas mulheres tendem a minimizar sintomas como dormência em um lado do corpo, dificuldade para falar ou perda de visão, acreditando que são passageiras. Esse atraso no atendimento médico pode ser decisivo para o desfecho.
Prevenção e atenção aos sinais
A prevenção do AVC envolve mudanças de estilo de vida e acompanhamento médico regular. Praticar atividades físicas, manter alimentação equilibrada, controlar a pressão arterial e abandonar o cigarro são passos essenciais. Mulheres com histórico de enxaqueca, especialmente acompanhada de aura, devem conversar com seu médico sobre métodos contraceptivos mais seguros.
Reconhecer os sinais de um AVC é crucial: fraqueza repentina em um lado do corpo, fala enrolada, dificuldade para compreender, visão turva e dor de cabeça intensa e súbita são indícios que exigem atendimento médico imediato. Quanto mais rápido o tratamento, maiores as chances de recuperação.
Cuidar da saúde e adotar hábitos preventivos é a melhor forma de evitar que o AVC se torne uma realidade na vida das mulheres. Informação e ação rápida podem fazer toda a diferença.