Barraqueiros Que Agrediram Turistas em Porto de Galinhas Revelam Motivo: ‘Eles Eram…Ver mais
Um caso de agressão envolvendo um casal de turistas e barraqueiros em Porto de Galinhas ganhou grande repercussão nas redes sociais nesta semana e acendeu um alerta sobre conflitos recorrentes em áreas turísticas durante o período de alta temporada. Os vídeos do ataque, registrados por testemunhas, viralizaram rapidamente e geraram forte reação do público.
As imagens mostram o casal sendo perseguido e agredido por um grupo de homens na faixa de areia, mesmo com tentativas de intervenção por parte de guarda-vidas civis e de outros banhistas que presenciaram a cena. O episódio ocorreu em meio ao intenso movimento de turistas típico do verão.

Versão apresentada pelas vítimas e repercussão dos vídeos
Segundo o casal, a confusão teve início após uma divergência sobre o valor cobrado pelo uso da estrutura de um quiosque. De acordo com as vítimas, havia sido acordado inicialmente um valor menor, mas, no momento da cobrança, os barraqueiros teriam exigido um preço mais alto. Ao se recusarem a pagar o novo valor e insistirem no combinado anterior, as agressões teriam começado.
Os registros feitos por celulares mostram momentos de extrema tensão, com o casal tentando se afastar enquanto é seguido por homens que partem para agressões físicas. A cena causou indignação nas redes sociais, especialmente pela aparente desproporção da reação e pela dificuldade de conter o grupo envolvido.
Além da violência em si, o caso passou a ser debatido também sob a suspeita de motivação homofóbica, levantada inicialmente pelas vítimas. Essa possibilidade ampliou ainda mais a repercussão do episódio e gerou cobranças por esclarecimentos e providências por parte das autoridades locais.
Barraqueiros divulgam vídeo e negam homofobia
Diante da repercussão negativa, um grupo de barraqueiros publicou um vídeo nas redes sociais nesta segunda-feira (29/12) apresentando uma versão diferente dos fatos. Um dos homens, identificado como Dinho, afirma que a cobrança sempre foi de R$ 80 e nega que tenha havido alteração no valor combinado.
No pronunciamento, ele também rejeita a acusação de homofobia. “Não foi um caso de homofobia. Estão tentando atrelar isso à história e não foi”, afirmou. Segundo o grupo, a cobrança se refere ao uso da estrutura do quiosque, como guarda-sol e mesas, e não à permanência na areia da praia.
“Ninguém vai te proibir de sentar na areia, mas se usar o guarda-sol, tem que pagar pelo serviço”, declarou Dinho, defendendo que o valor seria justo pelo que foi oferecido. Os barraqueiros também alegam que os turistas estariam embriagados no momento da confusão e que um trabalhador teria sido agredido pelo casal, versão que não aparece de forma clara nos vídeos que circulam nas redes.
O grupo ainda contestou a informação de que dezenas de pessoas teriam participado do ataque. Segundo eles, o episódio teria sido uma “briga generalizada” envolvendo quatro ou cinco pessoas, e não uma agressão coletiva como sugerido inicialmente.
Críticas continuam e debate sobre turismo se intensifica
Mesmo após o posicionamento dos barraqueiros, as críticas não cessaram. Nos comentários das publicações, internautas que se identificam como moradores e turistas relataram experiências negativas semelhantes em Porto de Galinhas, especialmente envolvendo cobranças consideradas abusivas e abordagens agressivas em áreas de praia.
O caso reacendeu o debate sobre a necessidade de fiscalização mais rigorosa, regras claras para a atuação de quiosques e medidas de segurança que garantam a integridade de moradores e visitantes. Porto de Galinhas é um dos destinos mais procurados do Nordeste, e episódios como esse acabam impactando diretamente a imagem turística da região.
Até o momento, não houve divulgação oficial sobre eventuais medidas adotadas por autoridades locais. Enquanto isso, os vídeos seguem circulando e alimentando discussões sobre violência, respeito ao turista e os limites na cobrança por serviços em espaços públicos.