Bebês Gêmeos Usam Este Capacete 24 Horas por Dia Após Descobrirem Doen…Ver mais

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Alguns tratamentos médicos chamam atenção não apenas pelos resultados esperados, mas também pela aparência inusitada ou pela disciplina rigorosa que exigem das famílias. Foi exatamente isso que levou o caso dos gêmeos Nico e Ash, de Utah, nos Estados Unidos, a viralizar nas redes sociais nos últimos dias. Com poucos meses de vida, os bebês usam capacetes especiais impressos em 3D durante 23 horas por dia como parte de um tratamento para corrigir uma assimetria craniana conhecida como plagiocefalia, popularmente chamada de “síndrome da cabeça achatada”.

A rotina foi compartilhada pela mãe dos meninos, Madeline Lawrence, no TikTok, onde os vídeos rapidamente alcançaram milhões de visualizações. Junto com a curiosidade, vieram também críticas, questionamentos e um intenso debate sobre os limites, benefícios e impactos desse tipo de tratamento em bebês tão pequenos.

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Tratamento rigoroso recomendado por médicos

Segundo Madeline, o uso dos capacetes foi orientado pelo pediatra e por especialistas após a avaliação do formato da cabeça dos gêmeos. Cada capacete custou cerca de US$ 700, o equivalente a aproximadamente R$ 3,9 mil, e foi desenvolvido com tecnologia de impressão 3D, adaptando-se exatamente ao crânio de cada criança.

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O protocolo prevê que os bebês utilizem o acessório por 23 horas diárias, com apenas uma hora de intervalo para higiene, descanso e momentos de brincadeira sem o capacete. A proposta é direcionar o crescimento natural do crânio, que ainda é maleável nos primeiros meses de vida, corrigindo gradualmente o achatamento.

Madeline afirmou que, apesar de parecer extremo para quem vê de fora, os meninos não demonstram desconforto significativo e já se adaptaram à rotina. “Se é o que o médico recomenda para o bem deles, é isso que vou fazer”, disse em uma das publicações que geraram grande repercussão.

O que é a plagiocefalia e por que ela é comum

A plagiocefalia é uma condição relativamente frequente e atinge, segundo especialistas, cerca de um em cada oito bebês saudáveis. Ela ocorre quando uma parte do crânio do recém-nascido fica achatada, geralmente devido à pressão contínua em uma mesma região da cabeça.

Entre os fatores associados estão a posição de dormir, o tempo reduzido que o bebê passa de bruços quando acordado, a gestação múltipla, como no caso de gêmeos, e até restrições de espaço no útero. Apesar do impacto visual, médicos reforçam que a condição não afeta o desenvolvimento cerebral da criança.

Em muitos casos, a plagiocefalia pode ser corrigida apenas com mudanças posturais e estímulos motores. No entanto, quando a assimetria é mais acentuada ou não apresenta melhora ao longo do tempo, o uso do capacete ortopédico passa a ser indicado como alternativa terapêutica.

Reações nas redes e debate sobre tecnologia na medicina infantil

A exposição do tratamento nas redes sociais dividiu opiniões. Enquanto muitos internautas elogiaram a dedicação da mãe e a confiança na orientação médica, outros questionaram a necessidade do uso por tantas horas diárias. Comentários como “23 horas é exagero” ou “parece sofrimento desnecessário” se multiplicaram nas publicações.

Especialistas, no entanto, explicam que o sucesso do tratamento está diretamente ligado à regularidade do uso, especialmente durante a fase de crescimento mais acelerado do crânio. O avanço da tecnologia, como a impressão 3D, permitiu capacetes mais leves, ajustados e confortáveis, o que tem ampliado a aceitação desse tipo de intervenção.

Mesmo em meio à polêmica, o caso de Nico e Ash acabou ampliando a discussão sobre como a medicina moderna utiliza tecnologia para corrigir condições antes consideradas apenas estéticas, além de levantar reflexões sobre julgamento público, maternidade exposta nas redes e decisões médicas individualizadas.

Ao que tudo indica, os gêmeos estão se adaptando bem ao tratamento, e os capacetes, antes vistos como algo estranho, tornam-se cada vez mais comuns. Para a família, a prioridade segue sendo uma só: garantir que os meninos tenham um desenvolvimento saudável, mesmo que isso signifique enfrentar críticas e olhares curiosos ao longo do caminho.

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