O trágico acidente com um avião da Air India continua chocando o mundo. A aeronave, um Boeing 787-8 Dreamliner, caiu logo após a decolagem em Ahmedabad, no oeste da Índia, na última quinta-feira (12), deixando pelo menos 290 mortos, incluindo passageiros, tripulantes e moradores da região onde o avião caiu.
Segundo as autoridades indianas, o voo AI171 tinha como destino o aeroporto de Gatwick, em Londres. A bordo estavam 230 passageiros e 12 tripulantes. Entre as vítimas, já foram confirmados cidadãos indianos, britânicos, portugueses e canadenses.
Perda de potência logo após a decolagem
De acordo com as primeiras imagens analisadas, o avião apresentou perda de potência instantes depois de deixar o solo. Testemunhas relataram que a aeronave começou a perder altitude ainda próxima ao aeroporto, antes de desaparecer entre os prédios e provocar uma grande explosão. O último áudio captado antes do impacto foi o pedido de emergência feito pelo piloto à torre de comando: “Mayday”.
Informações do FlightRadar24 apontam que a aeronave perdeu comunicação com o controle de tráfego quando ainda estava a aproximadamente 190 metros de altura.
Bombeiros descrevem cenário de horror
As equipes de resgate que chegaram logo após o acidente descreveram um cenário de extrema destruição. Segundo relatos dos próprios bombeiros, havia “corpos e destroços espalhados por toda parte”, em meio a chamas, fumaça densa e restos do avião. Muitos moradores da área residencial atingida também não conseguiram escapar a tempo.
Um dos socorristas relatou à imprensa indiana:
“Foi uma das cenas mais difíceis que já presenciei em minha carreira. Muitos corpos mutilados, espalhados entre os destroços em chamas. A cada metro que avançávamos, encontrávamos novas vítimas.”
Investigações em andamento
Nesta sexta-feira (13), uma das caixas-pretas — essencial para determinar as causas do acidente — já foi recuperada dos destroços carbonizados. Ela será analisada por especialistas indianos e internacionais, incluindo membros da Boeing, do Departamento de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido e do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA.
Até o momento, ainda não há confirmação oficial sobre o que provocou a falha nos motores. A investigação trabalha com várias hipóteses, desde problemas técnicos até falha humana.
Autoridades prestam condolências
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, classificou o acidente como “uma tragédia de partir o coração”. Já o premiê britânico, Keir Starmer, afirmou estar “devastado” com a notícia e informou que acompanha de perto os trabalhos de resgate. O Rei Charles III também foi informado sobre o acidente e enviou condolências às famílias das vítimas.