Em entrevista concedida à CNN Brasil, o secretário de Segurança e Mobilidade Urbana de Vinhedo, no interior de São Paulo, Osmir Aparecido Cruz, forneceu detalhes sobre as operações de resgate e combate ao incêndio no local onde um avião da companhia aérea VoePass caiu, resultando na trágica morte dos 61 tripulantes a bordo.

Veja como tudo aconteceu

O secretário informou que uma operação de grande escala foi montada, envolvendo cerca de 180 profissionais de diferentes forças e instituições, incluindo a Defesa Civil, a Guarda Municipal, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.

Cruz explicou que, desde os primeiros momentos após o acidente, foi necessária a formação de uma força-tarefa para lidar com a complexidade da situação. O foco inicial, segundo ele, foi o gerenciamento do incêndio, que tomou grandes proporções devido ao impacto da queda e à explosão subsequente.

As equipes de resgate, equipadas com materiais de proteção e suporte técnico, têm trabalhado ininterruptamente para controlar as chamas e garantir a segurança na área, ao mesmo tempo em que se esforçam para localizar e retirar os corpos das vítimas.

Veja o que o secretário relatou

“O trabalho prioritário neste momento é conter o fogo e estabilizar a área. Estamos realizando simultaneamente o resgate das vítimas e a retirada dos corpos. Essa primeira fase é extremamente operacional e conta com a participação ativa de quase 180 profissionais, entre guardas municipais, policiais militares e bombeiros, todos trabalhando de maneira coordenada para assegurar que a operação seja conduzida com a maior eficiência possível”, detalhou o secretário.

Além disso, Cruz informou que, apesar da gravidade do incidente, as autoridades no local conseguiram descartar a possibilidade de novas explosões, o que representa um avanço importante no controle da situação. “Embora a situação ainda esteja sendo gerenciada com extremo cuidado, já conseguimos eliminar a hipótese de novas explosões. Iniciamos a retirada dos primeiros corpos, o que indica progresso nas operações.

No entanto, ainda não conseguimos acessar todas as áreas impactadas pelo acidente. A área principal, onde se concentrou a maior parte da aeronave e onde o fogo foi mais intenso, já foi parcialmente acessada, mas ainda há outras seções que precisam ser examinadas, especialmente aquelas que não foram diretamente afetadas pelo incêndio”, explicou Cruz.

O secretário destacou ainda a complexidade do trabalho, dado que o cenário do acidente é extenso e envolve diferentes desafios técnicos e logísticos. Ele mencionou que as equipes estão avançando com cautela para evitar qualquer risco adicional, assegurando que o trabalho de resgate seja realizado da forma mais segura possível.

“Estamos lidando com uma situação de alta complexidade, que exige não apenas um grande número de profissionais, mas também uma coordenação precisa entre as diversas equipes envolvidas. A prioridade é garantir que todas as vítimas sejam localizadas e que o cenário do acidente seja completamente controlado para evitar qualquer outro tipo de perigo”, concluiu.