Após Câncer Bolsonaro Respira Por Aparelhos e Acab…Ver mais

0

A saúde de Jair Bolsonaro voltou a ser tema de debate após um episódio preocupante nesta semana. Segundo o senador Flávio Bolsonaro (PL), o ex-presidente chegou a ficar “quase 10 segundos sem respirar” durante uma crise de soluço, antes de ser levado ao hospital em Brasília. O caso, que uniu falta de ar, vômitos, tontura e pressão baixa, levantou questionamentos sobre os impactos de períodos, ainda que curtos, sem oxigenação adequada no organismo.

O cardiologista Fernando Ribas, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, explicou que dez segundos sem respirar, em pessoas saudáveis, dificilmente causa sequelas. Segundo ele, o corpo humano é capaz de resistir por cerca de dois minutos sem oxigênio sem que haja grandes prejuízos.

Publicidade

Porém, não existe um tempo considerado “seguro”, já que cada organismo reage de forma diferente, dependendo de fatores como idade, doenças preexistentes e condições sanguíneas.

Publicidade

Quando o fluxo de oxigênio é interrompido, mesmo que por segundos, o corpo inicia um processo de adaptação. A pressão arterial cai, o metabolismo sofre alterações e, em casos prolongados, as células começam a morrer por falta de energia. Em paradas cardiorrespiratórias, se a falta de oxigênio se estender por 3 a 5 minutos, os danos cerebrais podem se tornar irreversíveis.

Entre as principais causas de parada respiratória estão a asfixia, reações alérgicas graves (como o choque anafilático), afogamento, traumas cranianos ou torácicos e até quadros de choque que levam à paralisia temporária dos músculos respiratórios.

O episódio de Bolsonaro

Bolsonaro deu entrada no hospital DF Star, em Brasília, na tarde de terça-feira, 16, após sentir falta de ar, vômitos e mal-estar intenso. Acompanhado de Michelle Bolsonaro, passou por bateria de exames, recebeu medicação e precisou ficar em observação. O diagnóstico apontado pelos médicos foi de um quadro pré-sincopal, condição que ocorre quando há queda brusca da pressão arterial.

O ex-presidente também apresentou anemia, desidratação e alterações na função renal, fatores que, juntos, aumentam o risco de descompensações clínicas. Durante a internação, foi orientado a não ingerir alimentos sólidos e se manteve em monitoramento próximo de sua equipe médica, incluindo o cirurgião Cláudio Birolini, que viajou a Brasília para acompanhar pessoalmente o caso.

Em paralelo à internação, também foi divulgado o resultado do procedimento realizado no último domingo, quando Bolsonaro removeu lesões na pele. Os exames confirmaram o diagnóstico de câncer de pele, mais uma preocupação em sua já delicada situação de saúde.

Além disso, os episódios de soluço continuam, segundo sua equipe médica. Em alguns momentos, os espasmos no diafragma acabam provocando engasgos e até vômitos reflexos, o que gera ainda mais desconforto físico.

Flávio Bolsonaro, que visitou o pai, chegou a atribuir o mal-estar à pressão política após a condenação a 27 anos de prisão pela trama golpista, criticando o ministro Alexandre de Moraes e pedindo “trégua”.

Um quadro delicado

Os últimos acontecimentos reforçam a fragilidade da saúde de Jair Bolsonaro. Entre crises respiratórias, anemia, alterações renais, episódios de soluço recorrentes e o diagnóstico confirmado de câncer de pele, sua condição exige atenção constante. Embora dez segundos sem respirar não causem sequelas graves em pessoas saudáveis, em alguém já debilitado, cada detalhe pode fazer diferença.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.