Brasil, 2025 – A cidade de Divinópolis (MG) ainda sente a dor pela perda da estudante de medicina Caroline Mafle, de 27 anos, que faleceu em setembro do ano passado, vítima de um câncer agressivo no cérebro.
Diagnosticada com Glioblastoma Multiforme, Caroline travou uma luta de três anos contra a doença, marcada por coragem, fé e o apoio constante da família e amigos. O falecimento ocorreu no dia 24, e o sepultamento foi realizado no Cemitério Parque da Colina, no bairro Jusa Fonseca, reunindo dezenas de pessoas em clima de profunda comoção.
Caroline recebeu o diagnóstico ainda no primeiro semestre da faculdade de medicina, sonho que sempre carregou consigo. O impacto foi devastador, mas a jovem decidiu transformar sua dor em força. Em relatos emocionantes feitos nas redes sociais, ela descreveu o diagnóstico como “o momento mais desafiador de sua vida”.
A rotina de estudos foi interrompida pelas sessões de tratamento oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ao seu lado, estava a mãe, que precisou abrir mão do emprego para acompanhar integralmente os cuidados da filha. Essa relação de amor e dedicação foi uma das bases da resistência de Caroline ao longo dos anos.
Campanha nas redes sociais e esperança renovada
Com o avanço do câncer, surgiram três novas lesões cerebrais que exigiam uma cirurgia de alto custo, além de um tratamento complementar. Caroline, então, organizou uma campanha de arrecadação pelas redes sociais. O apelo emocionou a comunidade e milhares de pessoas contribuíram, mostrando solidariedade diante da difícil situação.
Mesmo com o esforço coletivo, o tratamento não conseguiu conter o avanço do tumor. A estudante seguiu firme até os últimos momentos, transmitindo mensagens de esperança e encorajamento a outras pessoas que enfrentavam batalhas semelhantes.
Despedida e legado de coragem
No dia 24 de setembro, Caroline não resistiu às complicações da doença. O sepultamento, realizado às 16h no Cemitério Parque da Colina, foi marcado por homenagens de familiares, amigos, colegas de faculdade e pessoas que acompanharam sua história pelas redes sociais.
O legado deixado por Caroline vai além da medicina que sonhava exercer. Sua postura diante da doença, sua transparência ao compartilhar a rotina de tratamento e sua fé inabalável inspiraram milhares de pessoas. Hoje, oito meses após sua partida, a lembrança da jovem continua viva como símbolo de coragem, resiliência e esperança.
A luta de Caroline também reforça a importância de ampliar o debate sobre o acesso a tratamentos de alto custo pelo SUS, um desafio ainda enfrentado por muitos brasileiros.