Brasil, 2025 – A atriz Claudia Raia trouxe à tona uma reflexão sobre os desafios da maternidade em fases diferentes da vida e revelou que chegou a enfrentar a rejeição do filho mais novo, Luca, devido à sua rotina intensa de trabalho. Aos 56 anos, a artista, que já era mãe de Enzo, de 28 anos, e Sophia, de 22, contou que precisou repensar suas prioridades para fortalecer o vínculo com o caçula.
Claudia destacou que ser mãe em idades distintas proporcionou vivências bem diferentes. “Quando você tem 30 anos, quer estar em todos os lugares e fazer tudo ao mesmo tempo. Quando você tem 56, já sabe onde quer estar.
Essa é a diferença”, disse em entrevista à revista Quem. Mesmo com a carreira artística exigindo dedicação total, ela sempre buscou estar presente, algo que considera fundamental para os filhos. “Eles são adultos que me adoram, então devo ter feito alguma coisa certa”, refletiu.
Para a atriz, a maturidade adquirida ao longo do tempo mudou sua forma de encarar a maternidade. Enquanto na juventude havia pressa em conciliar várias atividades, hoje a prioridade é o convívio familiar. A experiência, segundo ela, ensina que o essencial é estar presente de maneira afetiva, mesmo que o tempo seja reduzido.
A rejeição do filho mais novo e o impacto emocional
Apesar da bagagem como mãe, Claudia contou que foi surpreendida quando Luca começou a rejeitá-la. O menino demonstrava, de maneira clara, que sentia falta da atenção materna e que não aceitava sua ausência frequente. “Ele me rejeitava mesmo. Pensei: ‘Que loucura isso, fiz tanto esforço para ter ele’. Foi então que percebi que precisava mudar a minha rotina”, relatou.
A partir dessa lição, a atriz decidiu reservar pelo menos uma ou duas horas diárias exclusivamente para o filho. Essa mudança, embora desafiadora diante da agenda profissional, transformou a relação entre mãe e filho. “Só Deus sabe o que tenho que ajustar para conseguir, mas ele é outra criança comigo agora”, revelou emocionada.
Criar filhos em tempos de redes sociais
Outro ponto levantado por Claudia foi a diferença entre a criação de seus filhos mais velhos e a do caçula em um contexto de hiperexposição nas redes sociais. Nos anos 1990 e 2000, a exposição era mais controlada, restrita a revistas e aparições públicas. Hoje, qualquer momento pode ser filmado ou publicado em segundos.
Mesmo assim, a atriz garante lidar com naturalidade. “Eu e Jarbas somos muito tranquilos com isso, assim como eu era com Edson. Meus filhos aprenderam cedo a conviver com a fama dos pais”, explicou. Quanto ao compartilhamento de momentos de Luca, ela afirma que não sente estar expondo o menino de maneira negativa. “Posto várias coisas dele porque acho uma graça. Ele gosta, se diverte e entrega conteúdo”, contou.
A trajetória de Claudia Raia mostra que a maternidade exige adaptações constantes, seja aos 30, aos 50 ou em qualquer fase da vida. Mais do que o tempo dedicado, o que realmente marca é a qualidade da presença, que fortalece laços e garante lembranças afetivas que permanecerão ao longo dos anos.