Descanse em paz Ana: Menina Morre Após Participar do Desafio do…Ver mais
Nos últimos dias, um novo caso trágico reacendeu o alerta sobre os desafios perigosos que circulam nas redes sociais. Uma menina de 12 anos morreu após tentar reproduzir o chamado “desafio do apagão”.
Uma prática que incentiva os participantes a se sufocarem temporariamente para alcançar um estado de euforia. O desafio voltou a viralizar principalmente no TikTok, onde jovens compartilham vídeos mostrando suas tentativas.
Embora tenha ganhado destaque em 2021, o desafio já circulava na internet desde 2008, quando foi responsável pela morte de 82 jovens nos Estados Unidos, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). A plataforma TikTok tem sido alvo de críticas e processos de familiares de vítimas, que acusam a rede de não tomar medidas eficazes para barrar a propagação desse tipo de conteúdo.
Casos recentes reforçam os perigos do “desafio do apagão”
O impacto desse desafio tem sido devastador. Em novembro de 2022, um relatório da Bloomberg Businessweek conectou a morte de 20 crianças e adolescentes ao jogo. Entre as vítimas estavam adolescentes entre 13 e 14 anos e pelo menos 15 crianças com 12 anos ou menos.
Médicos alertam que o desafio causa privação de oxigênio no cérebro, semelhante ao que ocorre em casos de afogamento ou engasgamento. Segundo o especialista Nick Flynn, em entrevista ao Irish Examiner, a falta de oxigenação por mais de três minutos pode causar danos cerebrais irreversíveis, e acima de cinco minutos, leva à morte.
Na nova onda do desafio, os participantes utilizam cintos, cordas ou objetos semelhantes para interromper a respiração. O perigo é ainda maior porque, geralmente, a prática ocorre sem supervisão, dificultando que a vítima receba ajuda a tempo.
Autoridades e pais são alertados sobre sinais do desafio
Diante do aumento de casos, especialistas e autoridades têm alertado os pais sobre os sinais que podem indicar a participação de crianças e adolescentes nesse tipo de desafio. Entre os indícios mais comuns estão:
- Uso de termos como “Desafio do Desmaio” ou “Space Monkey” nas redes sociais.
- Marcas no pescoço ou olhos avermelhados.
- Dores de cabeça frequentes e desorientação sem explicação aparente.
- Presença de cintos, cordas ou objetos suspeitos no quarto.
O caso mais recente ocorreu na Argentina, onde a menina Milagros Soto, de 12 anos, foi encontrada enforcada em seu quarto após tentar cumprir o desafio. A família divulgou a história para conscientizar outros pais sobre os riscos desse tipo de prática.
Medidas contra desafios perigosos e posicionamento do TikTok
Casos como esse já levaram governos a adotarem medidas mais rígidas contra desafios perigosos. Em 2021, após a morte de uma menina de 10 anos na Itália, o governo bloqueou contas de usuários do TikTok menores de 13 anos. No Chile, um menino de 12 anos também perdeu a vida no mesmo ano ao tentar realizar o desafio.
Diante da repercussão e das acusações, o TikTok negou qualquer responsabilidade sobre a viralização do jogo e afirmou não ter encontrado evidências de que ele tenha surgido dentro da plataforma. Em nota oficial, a empresa reforçou que conteúdos que incentivam automutilação e suicídio são proibidos e removidos automaticamente.
