Brasil, 2025 – A cidade de Barbacena, em Minas Gerais, amanheceu em luto após um crime bárbaro que chocou o país. A pequena Helena Victoria de Oliveira Silva, de apenas quatro anos, foi assassinada a tesouradas no bairro Nova Suíça, na madrugada de domingo (3).
O principal suspeito é o próprio primo da vítima, um adolescente de 16 anos, que confessou à polícia ter cometido o crime como forma de vingança contra o pai da menina, com quem dizia sofrer bullying.
O crime planejado e a confissão do suspeito
De acordo com a Polícia Militar, o adolescente foi apreendido com as roupas sujas de sangue e admitiu ter atacado a criança. Em depoimento, ele afirmou que vinha sendo alvo de humilhações do tio, pai de Helena, que constantemente o chamava de “doido”.
Revoltado, o jovem declarou ter planejado o crime durante cerca de três meses. Para executá-lo, fez uma cópia da chave da casa da família, entrou no local durante a madrugada e retirou a menina do quarto onde dormia. O corpo da criança apresentava várias lesões e, segundo a perícia, a causa da morte foi asfixia.
Investigações e medidas judiciais
A delegada Vanessa Toledo, responsável pelo caso, confirmou nesta segunda-feira (4) que a Polícia Civil já ouviu parentes da vítima e do suspeito, colhendo informações para esclarecer a dinâmica do crime.
O adolescente foi encaminhado a uma unidade socioeducativa da região, onde permanecerá à disposição da Justiça até julgamento. A crueldade do ato e a motivação alegada pelo jovem levantaram debates sobre violência entre familiares e a gravidade de conflitos mal resolvidos dentro do ambiente doméstico.
Comoção e reflexões da comunidade
A morte brutal de Helena Victoria gerou forte comoção em Barbacena e em toda a região do Campo das Vertentes. A comunidade, abalada pela violência contra uma criança de apenas quatro anos, se mobilizou em apoio à família enlutada.
O caso também reacende discussões sobre a importância do acompanhamento psicológico de adolescentes em situação de vulnerabilidade, bem como da necessidade de atenção a sinais de desequilíbrio emocional e comportamentos de risco.
A tragédia deixou marcas profundas e expôs o quanto rivalidades, ressentimentos e a ausência de mediação adequada podem resultar em desfechos irreparáveis. Enquanto familiares tentam lidar com a dor da perda, a sociedade volta os olhos para a Justiça, que agora tem a missão de responsabilizar o autor do crime.