Brasil, 2025 – O jornalismo esportivo brasileiro amanheceu em luto nesta segunda-feira (29) com a notícia da morte de Paulo Soares, o eterno “Amigão”. Aos 63 anos, ele faleceu em São Paulo, após meses de internação no Hospital Sírio-Libanês.
Embora enfrentasse problemas de saúde relacionados à coluna e ao peso, a causa oficial da morte não foi divulgada. A perda foi recebida com comoção por colegas, fãs e admiradores, que destacaram sua importância para a comunicação esportiva no país.
Nascido no interior de São Paulo, Paulo Soares iniciou sua carreira no rádio, veículo que foi sua primeira escola. Passou por emissoras regionais e, com o tempo, conquistou espaço em grandes nomes da comunicação, como Gazeta, Record, Globo, Bandeirantes e Estadão. Sua versatilidade e talento para se conectar com diferentes públicos abriram portas para a televisão, onde alcançou projeção nacional.
Foi na ESPN Brasil, emissora da qual fez parte desde a fundação, que sua carreira atingiu o auge. No comando do “SportsCenter”, dividiu a bancada com Antero Greco, e juntos formaram uma das duplas mais queridas e respeitadas do jornalismo esportivo.
O estilo que conquistou fãs e colegas
Com seu jeito descontraído, bordões bem-humorados e uma condução firme das notícias, “Amigão” transformou o noticiário em algo próximo do público. Sua parceria com Antero Greco ultrapassou as telas, consolidando-se como referência para profissionais da área e criando um vínculo afetivo com milhares de espectadores.
A morte de Antero em 2023 abalou profundamente Paulo, que passou a se afastar cada vez mais das câmeras. Mesmo assim, a lembrança da dupla permaneceu forte, alimentada por fãs que frequentemente relembravam momentos icônicos e expressões marcantes.
A despedida de um ícone da comunicação esportiva
Nos últimos anos, Paulo Soares já não estava mais no ritmo intenso da televisão, mas continuava sendo lembrado com carinho por quem acompanhou sua trajetória. Seu humor leve e sua maneira calorosa de se dirigir ao público o tornaram mais do que um apresentador: ele se transformou em uma figura de confiança, alguém que transmitia informação e proximidade ao mesmo tempo.
O velório foi marcado para esta segunda-feira, às 13h, no Funeral Home, na região da Bela Vista, em São Paulo. Informações sobre o sepultamento ainda não foram divulgadas. O adeus ao “Amigão” deixa uma lacuna irreparável no jornalismo esportivo, mas sua voz, seu estilo e sua contribuição seguem vivos na memória de quem cresceu ouvindo e assistindo ao comunicador.