Durante um interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protagonizou um momento inusitado ao brincar com o ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro é réu em um processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vencedor das eleições de 2022.
Enquanto respondia às perguntas de Moraes, Bolsonaro comentou que era muito querido nas ruas e chegou a mencionar que poderia enviar ao ministro fotos de suas visitas a diversos estados brasileiros. O clima descontraído entre os dois surpreendeu, levando ambos a rirem durante a audiência.
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Em tom bem-humorado, Bolsonaro perguntou se poderia fazer uma brincadeira. Moraes, também de maneira leve, respondeu: “Melhor perguntar aos seus advogados”. Em seguida, Bolsonaro riu e disparou: “Queria convidar o senhor para ser meu vice em 2026”.
Apesar do tom descontraído do momento, o interrogatório tem grande importância no andamento das investigações. Bolsonaro faz parte do chamado “núcleo 1” do processo, considerado o grupo central da suposta articulação para reverter o resultado das eleições de 2022. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e aponta que o ex-presidente teria liderado ou participado ativamente de ações para manter-se no poder de maneira ilegal.
Ainda no mesmo dia, pela manhã, também prestaram depoimento outras figuras ligadas ao caso: o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier; o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; e o general da reserva Augusto Heleno, que atuou como ministro do Gabinete de Segurança Institucional durante o governo Bolsonaro.
O depoimento de Bolsonaro teve início por volta das 14h30 e é parte do processo em que oito réus são investigados. As autoridades buscam esclarecer se houve um plano concreto para impedir a posse de Lula, utilizando-se de medidas ilegítimas ou mesmo violentas para isso.
Embora a sessão tenha contado com momentos de descontração, o caso é tratado com máxima seriedade pelo STF e pela PGR, dada a gravidade das acusações relacionadas à tentativa de ruptura institucional no país.