Ex-Delegado Vítima de Emboscada Impl0rou Antes de Mo,rrer Para Ser…Ver mais

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Brasil, 2025 – O país foi surpreendido com a morte brutal do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, alvo de um atentado na noite desta segunda-feira (15/9), em Praia Grande, no litoral sul do estado.

A principal linha de investigação aponta para o envolvimento de criminosos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que o delegado combateu por décadas. O episódio trouxe à tona memórias de uma carreira marcada pela firmeza no enfrentamento ao crime organizado e pela perseguição sofrida justamente por aqueles que desafiou.

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O atentado em Praia Grande e a ação violenta registrada por câmeras

Ruy Ferraz dirigia um veículo quando, em aparente tentativa de fuga, acabou colidindo contra um ônibus e capotando. Logo em seguida, criminosos armados desceram de outro carro e dispararam diversas vezes contra o automóvel do delegado. Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança, evidenciando a brutalidade da execução.

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Duas pessoas que estavam próximas ao local também foram atingidas. Uma mulher sofreu ferimentos leves e recebeu alta ainda na noite de segunda-feira, enquanto um homem segue internado, mas sem risco de morte.

Ruy chegou a ser socorrido e levado a uma unidade de saúde, mas não resistiu. O clima de medo e insegurança tomou conta da cidade, já que o atentado ocorreu em uma via movimentada, colocando em risco transeuntes e motoristas que nada tinham a ver com a emboscada.

A trajetória de combate ao PCC e as ameaças constantes

Ao longo de 40 anos de carreira, Ruy Ferraz se destacou no combate à criminalidade organizada, especialmente ao PCC. Ainda no início dos anos 2000, como titular da Delegacia de Roubo a Bancos do Deic, foi um dos primeiros a investigar a estrutura e o modo de atuação da facção.

Essa postura de enfrentamento fez dele alvo de ameaças e, em 2019, seu nome foi incluído em uma lista de morte atribuída a Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como principal líder do PCC.

Mesmo sob risco, Ruy assumiu a chefia da Polícia Civil durante o governo João Doria, entre 2019 e 2022, e manteve sua atuação firme. Recentemente, ele ocupava a Secretaria de Administração de Praia Grande, cidade onde foi morto, demonstrando que permanecia ativo na gestão pública.

A repercussão e a resposta imediata do governo paulista

O assassinato do ex-delegado-geral provocou grande repercussão no meio político e policial. O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, anunciou a formação de uma força-tarefa especial para localizar os criminosos. Mais de 100 policiais foram deslocados para o litoral com o objetivo de intensificar as buscas e conter qualquer tentativa de expansão da violência na região.

Além de sua vasta experiência prática, Ruy possuía formação sólida, com especializações no Brasil e no exterior, incluindo cursos de combate ao terrorismo na França e de repressão às drogas no Canadá. Sua trajetória deixa um legado de enfrentamento ao crime, mas também expõe os riscos enfrentados por aqueles que se colocam na linha de frente contra o poder das facções.

A execução de Ruy Ferraz Fontes simboliza não apenas a perda de um profissional reconhecido, mas também a ousadia crescente do crime organizado em desafiar o Estado. O caso reforça a necessidade de estratégias ainda mais firmes e coordenadas para conter a atuação do PCC e proteger aqueles que se dedicam à segurança pública no Brasil.

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