Após 30 Dias, Exército Revela M0tivo da Queda do Avião em Vinhedo: “Tinha Um Pedaço de…Ver mais

Após 30 Dias, Exército Revela M0tivo da Queda do Avião em Vinhedo: “Tinha Um Pedaço de…Ver mais
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No dia 9 de agosto, o avião ATR 72-500 da companhia Voepass, matrícula PS-VPB, caiu no interior de São Paulo, enquanto realizava um voo de Cascavel, no Paraná, até o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A tragédia, que ocorreu na cidade de Vinhedo, envolveu 62 pessoas a bordo, e as causas do acidente começarão a ser reveladas em um relatório preliminar, que será divulgado pela Força Aérea Brasileira (FAB) nesta sexta-feira, 5 de setembro, às 17h.

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Investigação em Andamento

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), responsável pela apuração das causas da tragédia, já realizou avanços importantes. Desde o dia do acidente, peritos vêm trabalhando intensamente para entender o que levou à queda da aeronave.

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A FAB enfatiza que o objetivo da investigação não é apontar culpados, mas sim prevenir futuros acidentes ao identificar possíveis falhas e fatores de risco.

Uma das principais conquistas até agora foi a recuperação das caixas-pretas do avião, que permaneceram intactas, proporcionando informações cruciais para a análise dos investigadores.

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Esses dispositivos registram tanto as conversas da cabine quanto os dados técnicos do voo, como velocidade, altitude e condições climáticas, o que deve fornecer um quadro mais detalhado do que aconteceu nos momentos anteriores à queda.

Possível Causa: Acúmulo de Gelo nas Asas

De acordo com especialistas, uma das hipóteses mais prováveis para o acidente seria o acúmulo de gelo nas asas do ATR 72-500. Isso pode ter levado a uma perda de estabilidade da aeronave, fenômeno conhecido como “estol”, seguido por um giro vertical, ou “parafuso-chato”, que teria causado a queda.

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A possibilidade de gelo foi reforçada por alertas meteorológicos emitidos no dia do voo, advertindo sobre condições severas para a formação de gelo nas altitudes em que o avião estava voando.

O meteorologista Humberto Barbosa, da Universidade Federal de Alagoas, analisou imagens de satélites e dados meteorológicos para reconstituir o trajeto do avião. Segundo ele, a aeronave teria atravessado uma área com nuvens supercongeladas, onde as temperaturas chegaram a 40 graus negativos, por aproximadamente 10 minutos. A redução brusca de velocidade observada nesse período é compatível com a hipótese de acúmulo de gelo nas asas.

O Sistema Antigelo Estava Funcionando?

Embora o acúmulo de gelo seja uma hipótese forte, ainda há muitas questões em aberto. As aeronaves são equipadas com sistemas antigelo que, teoricamente, impedem que essa formação ocorra em voo. As investigações vão verificar se o sistema de proteção contra gelo do ATR 72-500 estava funcionando corretamente no momento do acidente ou se houve alguma falha mecânica.

Além disso, os investigadores estão analisando outros possíveis fatores que podem ter contribuído para a tragédia, como falhas de manutenção da aeronave ou possíveis erros humanos. O relatório preliminar que será divulgado nesta sexta-feira trará mais detalhes sobre o andamento dessas análises.

Outras Investigações em Curso

Paralelamente ao trabalho do Cenipa, a Polícia Civil de São Paulo também abriu um inquérito para investigar o acidente. A Delegacia de Vinhedo está conduzindo as diligências para esclarecer os fatos, mas detalhes da investigação estão sendo mantidos sob sigilo judicial.

Além disso, o Ministério Público do Trabalho (MPT) também iniciou sua própria investigação para apurar se houve falhas da Voepass no cumprimento de normas de segurança no trabalho que possam ter contribuído para o acidente. O MPT está focado em garantir que os direitos dos tripulantes envolvidos no voo, todos mortos na tragédia, tenham sido respeitados.

Um dos pontos que levantou suspeitas foi uma denúncia feita por um piloto da Voepass, meses antes do acidente, afirmando que a empresa estaria pressionando os pilotos a trabalharem em excesso, desrespeitando folgas e causando fadiga, um fator que pode aumentar o risco de acidentes aéreos.

Apesar dos avanços, a investigação completa ainda pode demorar mais de um ano para ser concluída. O relatório final, com as conclusões completas sobre as causas do acidente, será publicado no site do Cenipa assim que estiver pronto, mas a FAB reforça que o processo é complexo e deve ser conduzido com a devida cautela.

Enquanto isso, as autoridades continuam empenhadas em entender o que levou à queda do avião e garantir que acidentes como esse sejam evitados no futuro.

NewsTime

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