A influenciadora Fabiana Justus, de 38 anos, emocionou seus seguidores ao revelar que está enfrentando uma menopausa precoce, consequência do transplante de medula óssea realizado durante o tratamento contra uma leucemia mieloide aguda.
O anúncio foi feito no último domingo (13), em suas redes sociais, em tom de desabafo e conscientização. Fabiana explicou que a medida foi tomada para preservar seus ovários diante do tratamento agressivo e necessário para combater o câncer.
Apesar do alívio por estar em recuperação, ela relatou que agora precisa lidar com os efeitos colaterais severos da menopausa induzida, o que inclui alterações hormonais, emocionais e físicas. Sua fala abriu espaço para o debate sobre os impactos dessa condição em mulheres jovens que enfrentam doenças graves.
Sintomas intensos e impacto emocional profundo
De acordo com a ginecologista Patrícia*, a menopausa precoce pode ser especialmente difícil quando ocorre por causa de tratamentos oncológicos. A médica explica que há uma interrupção brusca na produção de hormônios pelos ovários, o que afeta não apenas o ciclo menstrual, mas também várias funções do organismo feminino.
Entre os sintomas mais comuns estão: ondas de calor, insônia, alterações de humor, ressecamento vaginal, perda da libido, fadiga física e mental, além do aumento do risco de osteoporose e problemas cardiovasculares.
No caso de Fabiana, além das manifestações físicas, há também o peso emocional de lidar com o fim precoce da fase fértil — algo que muitas mulheres não têm tempo de processar antes do início do tratamento.
“O impacto emocional é profundo. A mulher enfrenta não só a doença, mas também o luto pela perda da fertilidade. Isso abala diretamente a autoestima e a relação com o próprio corpo”, afirma a especialista.
Tratamento deve ser individualizado e com apoio psicológico
Apesar das dificuldades, há opções de tratamento que ajudam a aliviar os sintomas da menopausa precoce. De acordo com a ginecologista, terapia hormonal pode ser considerada, desde que não haja contraindicações relacionadas ao histórico oncológico da paciente.
Quando essa alternativa não é viável, entram em cena os tratamentos não hormonais, como fitoterápicos, mudanças no estilo de vida, alimentação anti-inflamatória, exercícios físicos e suplementação específica.
Dra. Patrícia enfatiza que o tratamento deve ser sempre integrativo, olhando não apenas para o corpo, mas também para as emoções. “Com apoio adequado — médico, psicológico e familiar — é possível resgatar o bem-estar, a autoestima e encontrar uma nova forma de plenitude, mesmo diante de tantas mudanças”.