[ Descanse Em Paz Gabi ] Menina de 4 Anos M0rre Após Comer Baião Com Ov…Ver mais

A tragédia envolvendo uma família do litoral do Piauí ganhou um desfecho ainda mais doloroso no início deste ano. Após quase um mês lutando pela vida no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), a pequena Maria Gabriela da Silva, de apenas 4 anos, não resistiu e faleceu.

Ela foi a quinta vítima fatal de um envenenamento que chocou a cidade de Parnaíba. A menina ingeriu um baião de dois contaminado com uma substância tóxica similar ao chumbinho durante o almoço do dia 1º de janeiro de 2025, que deveria ser um momento de celebração em família.

O que aconteceu no dia da tragédia?

No primeiro dia do ano, oito membros da mesma família passaram mal após consumir uma refeição em sua própria casa. O alimento preparado para o almoço, um baião de dois, foi compartilhado por todos, mas o que ninguém imaginava era que o prato continha uma substância venenosa chamada terbufós, um composto extremamente tóxico usado em pesticidas.

Logo após sentirem os primeiros sintomas de intoxicação, as vítimas foram levadas às pressas para o Hospital Regional Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba.

Apesar dos esforços da equipe médica, quatro pessoas não resistiram e faleceram poucas horas depois: Manoel Leandro da Silva, de 17 anos, Francisca Maria da Silva, de 32 anos, e seus dois filhos pequenos, Igno Davi, de 1 ano, e Maria Lauane Fontenele, de 3 anos.

Maria Gabriela, de 4 anos, foi transferida em estado grave para a capital, onde ficou internada por quase um mês. Sua luta foi acompanhada com esperança pela comunidade local, mas a gravidade da intoxicação levou ao seu falecimento, tornando-se a quinta vítima fatal do caso.

Investigação aponta suspeito de envenenamento

A descoberta de que o arroz utilizado no preparo do baião de dois estava contaminado com terbufós foi confirmada por exames periciais realizados pelo Instituto de Medicina Legal (IML).

Desde então, a Polícia Civil do Piauí (PCPI) trata o caso como homicídio e deu início a uma investigação para identificar o responsável pela tragédia.

Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, padrasto de uma das vítimas fatais, foi preso preventivamente como principal suspeito de ter envenenado a comida da família.

Apesar de afirmar ser inocente, ele segue detido enquanto as investigações continuam. Outro caso envolvendo suspeita de envenenamento na região já havia colocado uma mulher, Lucélia Maria Gonçalves, de 53 anos, sob custódia meses antes.

No entanto, com a prisão de Francisco, Lucélia foi liberada por falta de provas concretas de seu envolvimento no crime.

A dor de uma família e a busca por justiça

A morte de cinco pessoas de uma mesma família, incluindo três crianças, causou grande comoção em Parnaíba e mobilizou as autoridades locais. O caso expõe não apenas a brutalidade do ato, mas também o impacto devastador na comunidade e nos familiares sobreviventes, que agora convivem com o luto e a busca por respostas.

Enquanto as investigações seguem, a tragédia serve como alerta para os perigos associados ao uso indevido de substâncias tóxicas e para a importância de apurar e punir crimes dessa natureza.

A memória de Maria Gabriela, das outras quatro vítimas fatais, e a dor dos que ficaram reforçam a urgência de justiça nesse caso que abalou o início de 2025 no Piauí.