Lut0: Isaac é morto após reagir a assalto e perder…Ver mais

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A noite de sexta-feira (17/10) foi marcada por violência e indignação na Asa Sul, em Brasília. O adolescente Isaac Augusto de Brito Vilhena de Moraes, de apenas 16 anos, foi assassinado após tentar recuperar o celular roubado por um grupo de criminosos, entre eles outros menores de idade. O caso, que rapidamente gerou comoção e revolta, revelou não apenas a brutalidade do ato, mas também a frieza chocante dos adolescentes envolvidos no crime.

Isaac estava com um amigo quando foi abordado pelos assaltantes. O grupo tomou o celular da vítima e tentou fugir. Determinado a recuperar o aparelho, o jovem reagiu e acabou sendo golpeado com uma faca. O amigo de Isaac foi o primeiro a tentar socorrê-lo, prestando os primeiros atendimentos até a chegada do resgate. O adolescente ainda foi levado com vida ao Hospital de Base do Distrito Federal, mas não resistiu aos ferimentos.

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Investigação e o comportamento dos suspeitos

A Polícia Civil apreendeu rapidamente os suspeitos, entre eles adolescentes que confessaram a participação no latrocínio — roubo seguido de morte. O delegado Rodrigo Larizzatti, da Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente (DCA I), foi o responsável por registrar o caso. Em entrevista ao portal Metrópoles, ele afirmou ter ficado impressionado com a falta de arrependimento dos autores.

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“Eles caçoam da lei e das vítimas. Não demonstram empatia nem arrependimento”, disse o delegado. Segundo Larizzatti, os adolescentes permaneceram rindo e trocando olhares de zombaria durante o depoimento. Apenas um deles perguntou se Isaac havia morrido, demonstrando mínima preocupação. Na delegacia, os policiais chegaram a apelidar o grupo de ‘demônios mirins’, em razão da crueldade e da indiferença demonstradas.

De acordo com o relato dos próprios infratores, o crime foi de oportunidade. O grupo, que estaria a caminho de um encontro, decidiu cometer assaltos pelo caminho. Uma das táticas usadas era se aproximar das vítimas fingindo pedir a senha do Wi-Fi, pretexto utilizado para iniciar os ataques e tomar celulares de forma rápida. “Era uma prática recorrente do grupo”, explicou o delegado.

Revolta e clamor por justiça

O assassinato de Isaac causou forte comoção entre familiares, amigos e moradores da Asa Sul, que realizaram manifestações cobrando mais segurança e punição severa aos envolvidos. Nas redes sociais, o nome do jovem foi amplamente citado como símbolo da vulnerabilidade dos adolescentes diante da violência urbana.

A tragédia reacende o debate sobre a impunidade e a reincidência de menores em crimes graves. Segundo o delegado Larizzatti, o caso evidencia uma falha profunda no sistema de responsabilização e reeducação de jovens infratores. “Eles sabem que a lei os protege e se aproveitam disso. Precisamos repensar o que estamos chamando de ressocialização”, afirmou.

Enquanto a investigação segue, a família de Isaac tenta lidar com a dor da perda e com o sentimento de injustiça. O jovem, descrito por amigos como tranquilo e estudioso, teve a vida interrompida de forma brutal. O caso, que choca pela violência e pela indiferença dos agressores, é mais um retrato da escalada da criminalidade juvenil e da urgência de políticas eficazes de prevenção e segurança pública.

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