Brasil, 2025 – Uma tragédia familiar chocou São Paulo e deixou a população em estado de perplexidade. Na noite da última quinta-feira, 25 de setembro, uma briga doméstica resultou na morte de Caline Arruda dos Santos, de 37 anos, vítima de golpes de faca.
O detalhe que mais abalou a comunidade foi a autoria do crime: segundo a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o responsável pelo ataque teria sido o próprio filho da vítima, um menino de apenas 9 anos.
A discussão que terminou em tragédia
O caso aconteceu no bairro Jardim Iporã, em Parelheiros, zona sul da capital paulista. De acordo com relatos de familiares à polícia, a mãe havia repreendido o filho, o que teria desencadeado a discussão.
O menino, que já apresentava sinais de comportamento agressivo segundo parentes, pegou uma faca e desferiu vários golpes contra a mãe. O ato deixou todos em choque, tanto pela brutalidade quanto pela idade do autor.
Caline chegou a ser socorrida com vida. Primeiro foi levada ao PSM Balneário São José e, diante da gravidade dos ferimentos, transferida ao Hospital de Parelheiros. Apesar dos esforços médicos, não resistiu aos ferimentos.
A morte trouxe uma onda de tristeza para familiares, amigos e vizinhos, que ainda tentam entender como uma repreensão cotidiana pôde se transformar em uma tragédia irreparável.
Menor de idade e as medidas legais
O menino, por ter apenas 9 anos, não pode ser responsabilizado criminalmente, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A legislação brasileira só prevê responsabilização penal a partir dos 12 anos de idade, quando podem ser aplicadas medidas socioeducativas.
Nesse caso, a criança foi encaminhada ao Conselho Tutelar, que agora tem a missão de definir o acompanhamento necessário diante da gravidade da situação.
A decisão tem gerado debates entre especialistas e a população sobre como lidar com casos de violência cometidos por crianças, principalmente em um contexto familiar. Psicólogos apontam que, muitas vezes, comportamentos agressivos em menores estão relacionados a fatores emocionais, traumas ou ambiente conflituoso, exigindo atenção e acompanhamento especializado.
Investigações e reflexões sociais
O caso foi registrado como homicídio no 101° Distrito Policial, no Jardim dos Imbuias. A Polícia Civil investiga as circunstâncias que antecederam a briga e busca entender os fatores que levaram a criança a agir de maneira tão violenta.
O episódio levanta reflexões sobre a necessidade de políticas públicas de apoio psicológico para famílias em situação de vulnerabilidade e sobre como identificar sinais de alerta no comportamento infantil.
Enquanto a investigação prossegue, a morte de Caline Arruda dos Santos expõe um drama que ultrapassa o âmbito familiar e se torna um alerta para toda a sociedade. A tragédia em Parelheiros reforça a urgência de um olhar mais atento para questões emocionais e sociais que afetam crianças e adolescentes, lembrando que conflitos domésticos, quando não acompanhados, podem ter consequências devastadoras.