Um caso trágico chamou a atenção da comunidade médica e foi recentemente divulgado por uma revista científica: uma mulher de 39 anos morreu após sofrer a ruptura de um aneurisma cerebral durante um momento íntimo.
O episódio evidenciou como o esforço físico e o aumento súbito da pressão arterial podem se tornar perigosos, principalmente em pessoas que possuem condições de saúde pré-existentes.
Entenda o que aconteceu com a vítima
A vítima, que morava sozinha, foi encontrada sem vida em seu apartamento na Sérvia pelo ex-marido. Segundo informações do relatório médico, a mulher estava no sofá da sala, com indícios de que estava se masturbando pouco antes do colapso fatal. Ela tinha histórico de hipertensão arterial e fazia uso regular de medicamentos para controlar a pressão.
De acordo com os médicos responsáveis pela análise do caso, durante o orgasmo há um aumento significativo da frequência cardíaca e da pressão arterial, o que pode desencadear consequências graves em indivíduos com fragilidades vasculares. No caso desta mulher, o esforço físico associado ao clímax sexual teria provocado um pico hipertensivo que resultou na ruptura do aneurisma.
Hemorragia Cerebral e Risco Durante Atividades Sexuais
A autópsia revelou que a causa da morte foi uma hemorragia subaracnóidea, caracterizada pelo sangramento na superfície do cérebro. A hemorragia ocorreu devido à ruptura de um aneurisma cerebral sacular, que possuía cerca de 11 milímetros de diâmetro. Esse tipo de aneurisma é descrito pelos especialistas como uma pequena bolsa que se forma na parede de um vaso sanguíneo cerebral, podendo permanecer estável por anos sem causar sintomas até se romper subitamente.
“Quando os aneurismas se rompem, eles liberam sangue que pode matar células cerebrais próximas e aumentar a pressão dentro do crânio”, explicaram os autores do estudo publicado. Esse aumento de pressão intracraniana pode interromper o fornecimento de oxigênio ao cérebro, levando à perda de consciência e, em muitos casos, à morte.
Embora casos fatais durante atividades sexuais sejam considerados extremamente raros, sobretudo entre mulheres, existem registros na literatura médica. Análises forenses indicam que a maior parte dos óbitos durante o ato sexual envolve homens mais velhos, geralmente com histórico de doenças cardíacas ou condições vasculares preexistentes.
O caso serve de alerta para pessoas que convivem com problemas de saúde, como hipertensão ou doenças vasculares, destacando a importância do acompanhamento médico regular e do controle rigoroso da pressão arterial para reduzir riscos em situações de esforço físico intenso, inclusive durante a atividade sexual.