Thalita Danielle Hoshino, de 38 anos, perdeu a vida após ser atropelada por uma charrete enquanto pedalava no litoral de São Paulo, em um episódio que gerou revolta e questionamentos sobre segurança em áreas públicas. O acidente aconteceu no domingo (23), mas Thalita não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois, na terça-feira (25), após permanecer internada em estado grave.
A tragédia ocorreu quando Thalita e a amiga Gabriela Ferreira Neves de Andrade estavam andando de bicicleta pela faixa de areia. Segundo relato de Gabriela, momentos antes do acidente ela tentou alertar a amiga sobre a aproximação de um carro, pedindo que ela desviasse. Na tentativa de se proteger, Thalita pedalou em direção ao lado do mar, mas foi surpreendida por uma movimentação intensa na praia.
Gabriela contou que, de repente, dois carros, um cavalo e duas charretes passaram em alta velocidade pelo local. Logo em seguida, ela ouviu um forte barulho de impacto e percebeu que Thalita havia sido atingida. O acidente deixou marcas profundas não só físicas, mas também emocionais em quem testemunhou a cena.
Corrida ilegal e alta velocidade são investigadas pela polícia
Levada com urgência ao hospital, Thalita foi diagnosticada com traumatismo cranioencefálico, quadro considerado gravíssimo. Apesar dos esforços médicos, a ciclista não resistiu às lesões. A morte da jovem trouxe à tona discussões sobre práticas ilegais nas praias, como corridas improvisadas com veículos e animais, que colocam em risco a segurança de banhistas, ciclistas e moradores.
Gabriela afirmou categoricamente que o acidente foi resultado de uma corrida ilegal, destacando que os participantes estavam em velocidade incompatível com a segurança do local. As autoridades também trabalham com essa hipótese. Um dos condutores envolvidos relatou à polícia que não percebeu a presença da ciclista na sua trajetória, o que, segundo especialistas, não diminui a responsabilidade pelo ocorrido.
O caso está sendo investigado pela polícia do litoral paulista, que busca identificar todos os envolvidos na corrida e esclarecer as circunstâncias exatas do atropelamento. A prática de corridas não autorizadas com veículos motorizados e charretes em praias é considerada infração grave, podendo gerar responsabilização criminal, especialmente quando resulta em morte.
Comoção e alerta para riscos nas praias
A morte de Thalita causou grande comoção na região e entre grupos de ciclistas, que cobraram mais fiscalização e medidas de segurança para evitar tragédias semelhantes. Nas redes sociais, amigos e familiares prestaram homenagens, lembrando a vítima como uma pessoa alegre, apaixonada por esportes e pela natureza.
Além da dor da perda, o caso acende um alerta sobre os riscos de práticas ilegais em locais públicos e a necessidade urgente de fiscalização mais rígida nas praias, especialmente em épocas de grande movimento. A família de Thalita e a comunidade esperam que a justiça seja feita e que a morte da ciclista não seja em vão, servindo de exemplo para prevenir novas tragédias.