Mulher é Demitida Do Trabalho Após Pedir Folga Para Cuidar do Seu Bebê Reborn…Ver mais

Em Quedas do Iguaçu, no estado do Paraná, um caso inusitado chamou a atenção da população e das redes sociais ao envolver a demissão de uma funcionária que solicitou afastamento do trabalho para cuidar de uma bebê reborn — uma boneca hiper-realista que, para muitos colecionadores, tem valor emocional significativo. A mulher, que não teve sua identidade revelada, apresentou um atestado psicológico à empresa onde trabalhava, alegando a necessidade de dedicar-se integralmente aos cuidados com a boneca, a quem considera como uma filha.

No pedido entregue à empresa, a funcionária explicou que seu estado psicológico exigia um afastamento temporário. O documento, emitido por um profissional da área de saúde mental, indicava que a dedicação à boneca reborn faria parte de um processo terapêutico, ajudando a funcionária a lidar com questões emocionais profundas. Junto ao atestado, a mulher fez um apelo por compreensão, enfatizando que não se tratava apenas de uma questão pessoal, mas de saúde mental.

Apesar disso, a solicitação foi negada pela empresa, e, pouco tempo depois, a funcionária foi oficialmente desligada. Em entrevista à imprensa local, ela expressou sua frustração: “Eu só queria cuidar da minha filha”, afirmou, referindo-se à boneca com visível emoção.

O caso rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais, onde internautas se dividiram entre críticas à decisão da empresa e dúvidas sobre os limites entre o apoio à saúde mental e as exigências do ambiente corporativo. Muitos destacaram a importância de acolher questões emocionais com mais empatia, especialmente em tempos nos quais os transtornos psicológicos estão cada vez mais presentes na sociedade. Outros, no entanto, argumentaram que é necessário estabelecer limites claros para que o ambiente de trabalho possa funcionar de forma equilibrada.

Especialistas em saúde mental ressaltam que, embora o apego a bonecas reborn possa parecer estranho para alguns, ele pode representar uma forma legítima de enfrentamento para traumas emocionais, como perdas gestacionais, lutos não elaborados ou transtornos de ansiedade. Por outro lado, também destacam a necessidade de equilíbrio entre as necessidades individuais e as obrigações profissionais.

O episódio abriu espaço para uma reflexão mais ampla sobre como as empresas lidam com o bem-estar psicológico de seus colaboradores e até que ponto estão preparadas para reconhecer e acolher situações que fogem ao convencional.