Uma noite de lazer terminou em tragédia para uma mulher de 46 anos, que sofreu um infarto fulminante após assistir a um filme de terror em sua casa. O caso, que aconteceu em uma cidade do interior de Minas Gerais, ganhou repercussão nas redes sociais e levantou uma discussão importante: até que ponto o nosso corpo pode reagir a estímulos emocionais extremos?
Segundo relatos de familiares, a mulher estava aparentemente bem antes da sessão de cinema. Escolheu um filme com temática sobrenatural, conhecida por cenas intensas e momentos de grande susto.
Durante a exibição, ela teria gritado, levado as mãos ao peito e perdido os sentidos. Apesar do socorro ter sido acionado rapidamente, ela chegou ao hospital sem vida.
A cena que parecia fazer parte de um roteiro de filme revelou-se uma dura realidade. Médicos confirmaram que o óbito foi causado por um infarto agudo do miocárdio, possivelmente desencadeado pelo pico de adrenalina provocado pelo susto. Casos como esse, embora raros, são possíveis e precisam ser levados a sério.
Quando o entretenimento se torna um risco: os limites do coração
O coração humano é um órgão sensível ao estresse e às emoções intensas. Em situações de medo extremo, como as causadas por filmes de terror, o corpo libera grandes quantidades de adrenalina, o que pode levar ao aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. Em pessoas com predisposição, esses efeitos podem desencadear arritmias, angina e, nos casos mais graves, infartos.
Apesar de muitas pessoas associarem sustos apenas ao riso e à diversão, o corpo não diferencia um susto real de um provocado por imagens. A reação fisiológica é a mesma: liberação de hormônios, aceleração dos batimentos e tensão muscular. Para quem tem histórico de problemas cardíacos, essa combinação pode ser fatal.
É por isso que especialistas alertam: quem tem doenças cardíacas ou sintomas como palpitações frequentes, falta de ar ou dores no peito deve evitar esse tipo de estímulo. O mesmo vale para pessoas que enfrentam ansiedade ou crises de pânico, que podem ser intensificadas por conteúdos assustadores. Filmes, séries ou brincadeiras que envolvam medo intenso podem parecer inofensivos, mas o impacto no corpo pode ser devastador.