Mulher Foge do Rio Após Traficante Querer Casar Com Sua Filha de 10 Anos E…Ver mais

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Uma moradora do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, viveu dias de desespero após um traficante local exigir se casar com sua filha de apenas 10 anos.

A mulher, que pediu para não ser identificada por medo de represálias, contou o drama em prantos, afirmando que precisou fugir de casa com a menina durante a madrugada para salvar a criança.

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De acordo com o relato, o criminoso, apontado como um dos líderes do tráfico na região, começou a se aproximar da família com supostas intenções “de proteção”.

Em pouco tempo, passou a demonstrar interesse pela menina e, segundo a mãe, declarou que esperaria a criança completar 11 anos para casar com ela. “Ele falava na frente de todo mundo, como se fosse normal. Eu tremia toda vez que ele aparecia na rua”, relatou.

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A mulher tentou resistir em silêncio, mas as ameaças se intensificaram. O traficante teria dito que “ninguém tiraria a menina dele” e que “quem tentasse impedir, pagaria com a vida”.

Sem alternativas, a mãe reuniu documentos, algumas roupas e fugiu com a filha em um ônibus intermunicipal. “Saí só com o que dava pra carregar. Deixei minha casa, meus vizinhos, minha vida. Tudo ficou pra trás”, contou, chorando.

Hoje, ela vive escondida em outro município e teme ser localizada. “Não quero nada, só quero que minha filha cresça longe desse horror. Tenho medo até de ir ao mercado. Ele tem gente em todo lugar”, afirmou.

Violência, silêncio e o poder do medo nas comunidades

O caso revela uma realidade silenciosa que ainda marca muitas favelas cariocas: o domínio territorial de facções criminosas e a ausência do Estado. Nas comunidades controladas pelo tráfico, leis paralelas substituem a autoridade pública, e moradores vivem sob constantes ameaças, muitas vezes obrigados a obedecer regras impostas por criminosos.

Segundo moradores da Penha, situações como essa não são raras. Traficantes se consideram donos das pessoas, especialmente de meninas e adolescentes, que acabam sendo vítimas de assédio e coação.

O medo de denunciar é generalizado. “Aqui, quem fala demais some. A gente aprende a se calar pra continuar viva”, disse uma moradora, que também pediu anonimato.

Autoridades locais reconhecem a dificuldade em atuar nesses territórios. Conselheiros tutelares e assistentes sociais relatam que muitas famílias ameaçadas desaparecem sem deixar rastros, buscando abrigo em outras cidades.

“É um ciclo de medo que se repete, e o Estado precisa garantir proteção e políticas de apoio reais”, afirmou uma assistente social que acompanha casos semelhantes.

Enquanto tenta reconstruir a vida, a mãe sonha apenas em dar segurança à filha. “Quero que ela volte a estudar, brinque, tenha amigos. Que nunca mais precise olhar pra trás com medo”, disse, com a voz embargada. Para ela, o futuro é incerto, mas a esperança de viver em paz continua sendo sua única força.

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