Receber um diagnóstico de câncer já é, por si só, um desafio físico e emocional devastador. Quando essa batalha acontece paralelamente a conflitos afetivos e pressões sociais, o peso se torna ainda maior. Situações como essa escancaram a importância do apoio emocional durante o tratamento oncológico, mostrando como questões pessoais e externas podem impactar profundamente a recuperação do paciente.
Em 2023, a cantora Preta Gil viveu intensamente essa realidade. Além de lidar com a luta contra o câncer, precisou enfrentar críticas e rupturas profundas em sua vida pessoal. Durante a segunda temporada da série documental “Barras Invisíveis”, apresentada por Adriane Galisteu, o amigo e apresentador Gominho fez um relato marcante sobre o momento delicado da artista.
Gominho contou ter visitado Preta num dos períodos mais difíceis, quando ela não apenas sofria com os efeitos do tratamento oncológico, mas também enfrentava o que classificou como abandono emocional por parte do então marido, Rodrigo Godoy.
Em meio a tudo isso, Preta também se tornou alvo de críticas por conta do tamanho da sua fé nas religiões de matrizes africanas, prática que sempre fez questão de defender publicamente. Para alguns críticos, suas crenças teriam relação com as dificuldades enfrentadas, alimentando preconceitos e intolerância religiosa.
Fim de Casamento e Busca por Recomeço em Meio a Preconceitos
Segundo Gominho, ao se deparar com o estado emocional fragilizado da cantora, sentiu que precisava intervir. Ele revelou ter tido uma conversa franca e dura com Preta. “Falei: ‘Preciso te falar uma coisa muito séria. Você vai ter que se livrar de dois cânceres. Desse e do seu marido’”. O apresentador contou que a amiga ficou surpresa, mas suas palavras nasceram de preocupação genuína com a saúde física e emocional dela.
Pouco tempo depois, Preta Gil anunciou publicamente o fim do casamento com Rodrigo Godoy. O rompimento, para muitos, foi visto como um ato de autopreservação, especialmente diante dos relatos de traição e falta de apoio emocional num dos períodos mais críticos da vida da cantora.
Paralelamente, Preta seguiu firme na defesa de suas crenças, mesmo recebendo críticas e enfrentando comentários preconceituosos que a atacavam por seguir religiões de matriz africana.
Desde então, a artista tem buscado se reposicionar como símbolo de superação, adotando atitudes voltadas à proteção de sua saúde mental, emocional e espiritual.
Para Preta, o afastamento de relacionamentos tóxicos e a valorização de sua fé foram essenciais para iniciar uma nova fase em sua vida, pautada pelo fortalecimento pessoal e pela busca de equilíbrio, apesar dos desafios impostos pelo preconceito religioso.
Sua história segue inspirando fãs, que enxergam na cantora um exemplo de coragem e de determinação para lutar não apenas contra a doença, mas também contra as barreiras sociais e emocionais que surgem em momentos de vulnerabilidade.