Novo Papa Leão XIV Revela Não Aceitar Casamento Entre Duas Mul…Ver mais

O Papa Leão XIV, eleito no último conclave realizado no Vaticano, manifestou-se nesta quinta-feira sobre sua visão a respeito do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Em seu primeiro pronunciamento oficial como pontífice, ele reafirmou a posição tradicional da Igreja Católica, gerando debates imediatos tanto dentro quanto fora dos muros do Vaticano.
A declaração – feita durante encontro com membros da Cúria Romana – foi marcada por um tom firme, mas também pela disposição de diálogo com a sociedade contemporânea, segundo assessores da Santa Sé.
Princípios doutrinários e tradição
Segundo o novo pontífice, o matrimônio, conforme definido pela doutrina católica, “é a união indissolúvel entre um homem e uma mulher, criada para a procriação e para o auxílio mútuo”.
Leão XIV destacou que, embora a Igreja reconheça a dignidade e os direitos de todos os fiéis, ela não pode alterar o conceito de matrimônio histórico, que remonta aos primeiros séculos do cristianismo.
“Não se trata de exclusão, mas de fidelidade às Escrituras e à Tradição”, afirmou o Papa, lembrando documentos como a Familiaris Consortio e a Amoris Laetitia.
Ainda de acordo com ele, a missão da Igreja não está em sancionar uniões civis diferentes desse modelo, mas sim em acolher com respeito e compaixão todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual. Leão XIV propôs ampliar os ministérios de escuta e acompanhamento espiritual para casais homoafetivos, ressaltando a importância de “acolher cada pessoa como parte viva do Corpo de Cristo, sem, contudo, confundir sacramento com consolidação civil”.
Reações e repercussões
A declaração do Papa provocou reações variadas. Grupos conservadores saudaram a defesa do ensino tradicional, considerando o pronunciamento um sinal de firmeza doutrinária.
Já organizações de direitos humanos e associações LGBTI+ criticaram a postura como “contrária aos avanços sociais”. Representantes do Vaticano ressaltaram, porém, que o discurso apontou para um “caminho de respeito e diálogo”, e não de hostilidade.
Na comunidade católica, padres e bispos elogiaram a proposta de fortalecer o acolhimento pastoral, mas alguns teólogos liberais expressaram preocupação com o impacto na pastoral familiar e sugeriram a necessidade de um estudo aprofundado sobre o tema.
Fora do âmbito eclesiástico, líderes políticos de diversos países europeus avaliaram a fala como um retrocesso em termos de direitos civis, enquanto em nações latino-americanas o tema promete figurar em debates parlamentares.
Ao concluir seu discurso, o Papa Leão XIV pediu oração pelos desafios que, segundo ele, a Igreja enfrentará nos próximos anos. “Que possamos caminhar juntos, respeitando as diferenças, mas sempre guiados pela Verdade revelada em Cristo”, disse, reforçando o convite à unidade mesmo em meio às discordâncias.